Rei Charles fez acordo para não pagar imposto sobre herança
Antigo príncipe assumiu o posto após a morte da Rainha Elizabeth II
Após a morte da rainha Elizabeth II, aos 96 anos, na semana passada, Charles III assumiu o posto de rei da Inglaterra como herança por ser o filho mais velho da monarca. Além das regalias que são peculiares ao cargo, o antigo príncipe também contou com outra benesse.
Isso porque Charles não precisará pagar os 40% de imposto obrigatório quando os britânicos recebem uma herança. O valor a desembolsar seria algo em torno de US$ 750 milhões (perto de R$ 4 bilhões).
Entre os bens herdados, o novo rei recebeu a propriedade do Ducado de Lancaster, avaliada em cerca de 652 milhões de libras esterlinas (algo em torno de R$ 3,8 bilhões).
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O acordo para a herança de Charles
Apesar disso, essa isenção de imposto sobre a herança não se deve ao rei Charles especificamente. O acordo foi feito através de John Major, em 1993, há quase 30 anos. Nesse período, ele ocupava o cargo de primeiro-ministro britânico. O objetivo da lei foi evitar que os bens da família real fossem exterminados em caso de dois monarcas morrerem em um curto período de tempo.
Só que, enquanto o rei não paga a taxa, o povo precisa desembolsar um valor acima de 325 mil libras (cerca de R$ 1,9 milhão). A situação provoca revolta na população britânica. Nas redes sociais, o tributarista Richard Murphy abriu o debate sobre o assunto. Para ele, os direitos deveriam ser iguais para todos.
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Rainha Elizabeth II pagava o imposto
Essa isenção de imposto ocorreu pela primeira vez em 2002, quando a Rainha Elizabeth, chamada de ‘rainha-mãe’, morreu. Ela deixou uma propriedade no valor de cerca de US$ 80 milhões, bem como uma coleção de ovos Fabergé.
Mesmo sem ser obrigada, a rainha Elizabeth II começou a pagar o imposto e ganhos de capital na propriedade em 1993 voluntariamente. Talvez o agora rei Charles III possa seguir o exemplo da mãe.
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O que diz a família real sobre o imposto?
Por outro lado, a família real justificou a isenção de imposto sobre herança para Charles III através de um memorando de entendimento. De acordo com o documento, determinados bens dos membros da família real compreendem a esfera pública e não privada. Ou seja, a cobrança do imposto sobre a herança de Charles seria ‘injusta’.
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