Anistia da Multa GFIP: o que é e quem tem direito

A Anistia da Multa GFIP cancelou dívidas antigas de empresas até 2013. Veja quem foi beneficiado e como evitar novas penalidades com atraso na entrega.

A Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social, conhecida como GFIP, é uma obrigação mensal das empresas. Ela serve para informar os dados dos trabalhadores e os valores do FGTS. Essa guia também atualiza informações da previdência junto à Receita.

Mesmo empresas sem empregados precisam entregar a GFIP todo mês. Isso evita pendências e problemas com o fisco. A omissão ou atraso na entrega pode gerar multas e complicações futuras.

Além disso, a GFIP é essencial para manter o histórico do trabalhador atualizado. Os dados ajudam no cálculo da aposentadoria e outros benefícios do INSS. Por isso, a empresa deve tratar essa obrigação com seriedade.

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Entenda como funciona a multa por atraso da GFIP, como parcelar a dívida e quem foi alcançado pela lei de anistia. Saiba como consultar sua situação. (Foto: Jeane de Oliveira / pronatec.pro.br).

O que é GFIP?

A GFIP é um documento digital que as empresas usam para informar ao governo dados sobre os vínculos empregatícios. A guia também recolhe valores do FGTS dos funcionários. Ela deve ser enviada todo mês, mesmo sem movimentação.

Essa declaração surgiu para facilitar o cruzamento de informações da Previdência Social. Com ela, o governo acompanha os direitos dos trabalhadores. O sistema registra salário, tempo de contribuição e empresa atual.

Além do FGTS, a GFIP alimenta o banco de dados da Receita Federal. Essas informações garantem que os direitos previdenciários sejam respeitados. Qualquer falha pode gerar penalidade para o empregador.

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Importância do GFIP para as empresas

A entrega correta da GFIP protege a empresa contra multas e ações fiscais. O sistema permite que o governo veja se a empresa está pagando tudo corretamente. Isso inclui INSS e FGTS de cada funcionário.

Além disso, o envio garante que os trabalhadores não percam tempo de contribuição. Isso é essencial para aposentadoria, auxílios e benefícios. Sem a GFIP, o funcionário pode ter dificuldades com o INSS.

Outro ponto importante é que, em auditorias ou fiscalizações, a GFIP é um dos primeiros documentos solicitados. Empresas que entregam fora do prazo enfrentam problemas maiores. Por isso, cumprir essa obrigação evita transtornos.

O que é a multa GFIP?

A multa pela não entrega ou atraso da GFIP é aplicada automaticamente pela Receita Federal. O valor pode variar conforme o tipo e o tempo da infração. Quanto mais demorar, maior será o valor a pagar.

A penalidade mínima é de R$ 500, mas esse valor aumenta para empresas com mais empregados ou reincidência. O valor é multiplicado conforme a folha de pagamento. A multa aparece no sistema da Receita com código específico.

A Receita pode aplicar a multa mesmo se a empresa tiver entregue todas as obrigações do eSocial. A GFIP ainda é exigida em muitos casos. Por isso, é preciso acompanhar a legislação atualizada.

Qual é o prazo para evitar a multa GFIP?

A GFIP deve ser enviada até o dia 7 de cada mês seguinte ao da competência. Se esse dia cair em fim de semana ou feriado, o prazo é antecipado. Perder esse prazo gera multa automática e cobrança com juros.

Empresas que entregam fora do período devem justificar o atraso, mas isso não garante isenção. A penalidade entra no sistema e pode ser cobrada em poucos dias. A recomendação é organizar um calendário fiscal interno.

Manter lembretes e contar com um contador de confiança ajuda a evitar atrasos. O custo da multa é bem maior do que o esforço de manter a guia em dia. Por isso, prevenir é o melhor caminho.

Como calcular a multa GFIP?

O cálculo da multa leva em conta o tipo de atraso, o porte da empresa e a quantidade de funcionários. Empresas pequenas pagam menos, mas o valor pode crescer rápido. A multa básica começa em R$ 500 por mês de atraso.

Se o atraso for maior ou houver reincidência, o valor sobe para até R$ 1.500 mensais. A Receita ainda pode aplicar juros e correções pelo tempo não declarado. Esses acréscimos aumentam o valor final consideravelmente.

A consulta do valor exato pode ser feita no portal e-CAC, com login da empresa. Lá, o sistema mostra todas as pendências e boletos para pagamento. Consultar com frequência evita sustos.

Como fazer o parcelamento da multa GFIP

Se a empresa não puder pagar a multa à vista, é possível parcelar o valor diretamente no site da Receita Federal. O sistema permite dividir em até 60 vezes. Isso dá fôlego ao caixa e evita bloqueio de CNPJ.

Para isso, basta acessar o portal e-CAC com o certificado digital. Em seguida, selecione “Parcelamento – Simples Nacional” ou outro tipo conforme o regime tributário. O valor das parcelas depende da dívida total.

Após a solicitação, a empresa já pode emitir os boletos e iniciar o pagamento. Cumprir o acordo evita novas penalidades. Mas se houver atraso nas parcelas, o débito volta ao valor cheio.

O que é a Lei de Anistia da multa GFIP

A Anistia da Multa GFIP foi uma proposta aprovada para perdoar multas aplicadas por atrasos ocorridos até o ano de 2013. Essa medida atendeu principalmente pequenas e médias empresas. Ela cancelou automaticamente as dívidas enquadradas.

A lei foi criada porque muitas empresas receberam multas sem ter conhecimento da obrigação da GFIP. Com isso, milhares de processos foram encerrados. A medida deu alívio ao setor empresarial, especialmente os menores.

Porém, a anistia não vale para multas aplicadas depois desse período. Empresas que atrasaram a entrega após 2014 continuam com a obrigação ativa. Por isso, é essencial verificar o ano da infração.

Quem tem direito à anistia da multa GFIP?

Tiveram direito à Anistia da Multa GFIP as empresas que entregaram suas guias fora do prazo, mas até o ano-calendário de 2013. O governo perdoou as dívidas conforme a lei aprovada em 2019. A Receita excluiu automaticamente esses débitos do sistema.

Mesmo empresas com CNPJ inativo puderam se beneficiar da anistia, desde que a entrega tenha ocorrido dentro do período. A medida foi válida para todos os regimes tributários. Não foi necessário pedir, pois o cancelamento foi automático.

Quem pagou a multa na época, infelizmente, não teve direito à restituição. A anistia não incluiu reembolso de valores quitados. Ela valeu apenas para quem ainda não tinha feito o pagamento.

Outras penalidades previstas para a GFIP

Além da multa por atraso, a falta de entrega da GFIP pode impedir a emissão de certidões negativas. Sem elas, a empresa não consegue participar de licitações ou acessar crédito. Isso afeta o funcionamento do negócio.

O descumprimento contínuo também pode levar a fiscalizações presenciais. Auditores da Receita podem aplicar sanções adicionais. Essas ações elevam os custos e paralisam atividades da empresa.

A ausência da GFIP também prejudica o trabalhador. Ele pode ter o INSS bloqueado ou o tempo de contribuição ignorado. Esse erro da empresa gera consequências graves para todos.

Como evitar a multa GFIP?

Em conclusão, para evitar a multa, a empresa deve manter a rotina de envio da GFIP dentro do prazo. Organizar um calendário fiscal e usar lembretes ajuda a não esquecer. Contar com um contador atualizado é ainda mais importante.

Além disso, usar softwares que integram a folha de pagamento com o sistema da Receita agiliza o processo. A automatização reduz erros e garante a entrega mensal. Isso evita multas e facilita auditorias.

Manter as informações atualizadas e revisar os dados antes de enviar também é essencial. A entrega incorreta gera multa igual à entrega em atraso. Prevenção é sempre mais barata que correção.