Transfusão de sangue: o que é, quando é necessária e como é feita com segurança
A transfusão de sangue exige preparo, compatibilidade e vigilância. Saiba como ela funciona e por que esse gesto salva milhares de vidas todos os anos.
Médicos usam a transfusão de sangue para salvar pessoas em condições críticas. Quando o corpo perde muito sangue, o organismo não consegue funcionar corretamente. Nesse momento, a transfusão fornece os elementos que restauram a circulação e permitem que o paciente se recupere.
Em muitos casos, as transfusões ocorrem após acidentes, cirurgias ou em situações de doenças graves. Além disso, alguns tratamentos exigem esse procedimento com frequência, como ocorre com pessoas que fazem quimioterapia. Por esse motivo, a doação voluntária mantém os estoques e sustenta a vida de quem mais precisa.
O processo exige rigor técnico, mas também depende da solidariedade de quem pode doar. Ainda que a aplicação seja feita por profissionais da saúde, ela só acontece graças ao gesto de milhares de doadores. Dessa maneira, o sangue coletado se transforma em esperança para várias famílias.
Ao longo deste conteúdo, você vai entender como a transfusão de sangue funciona, quando ela se torna necessária e quais cuidados os profissionais seguem durante o procedimento. Essa compreensão ajuda a desmistificar o tema e incentiva mais pessoas a fazer parte dessa corrente do bem.

Transfusão de sangue: confira os detalhes
O que é uma transfusão de sangue?
Os profissionais realizam a transfusão de sangue quando aplicam sangue ou seus componentes diretamente na veia de um paciente. Em geral, eles usam esse procedimento para corrigir falhas na produção sanguínea ou compensar perdas intensas durante um trauma.
Durante a aplicação, o organismo recebe elementos como hemácias, plaquetas ou plasma. Cada componente executa uma função específica. Por exemplo, as hemácias transportam oxigênio, enquanto o plasma contém proteínas responsáveis pela coagulação.
Médicos aplicam a transfusão apenas após exames que garantem a compatibilidade entre doador e receptor. Assim, os riscos de rejeição diminuem, e o tratamento oferece mais segurança.
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Quando a transfusão é necessária?
A equipe médica decide usar a transfusão quando o paciente apresenta queda grave nos níveis de sangue ou de seus componentes. Em situações de sangramento excessivo, o corpo perde a capacidade de manter a pressão estável. Nesse cenário, a transfusão devolve o equilíbrio.
Casos de leucemia, anemia severa ou doenças crônicas exigem transfusões com frequência. Durante o tratamento, o paciente precisa de reforço constante para manter as funções vitais. Além disso, após transplantes, o organismo necessita de apoio para enfrentar o enfraquecimento da imunidade.
Médicos também aplicam transfusões preventivas em cirurgias de grande porte. Dessa forma, eles garantem que o paciente enfrente o procedimento com mais segurança e evite complicações durante a recuperação.
Tipos de transfusão que existem
Profissionais da saúde aplicam diferentes tipos de transfusão de sangue conforme a necessidade do paciente. O concentrado de hemácias, por exemplo, trata casos de anemia e melhora a oxigenação dos tecidos. Quem sofre com cansaço, tontura ou palidez se beneficia diretamente desse tipo.
O concentrado de plaquetas ajuda o corpo a controlar sangramentos. Pacientes com câncer ou com distúrbios de coagulação recebem esse tipo com frequência. A aplicação reduz o risco de hemorragias e melhora a resposta do organismo diante de cortes ou lesões.
O plasma fresco congelado fornece fatores de coagulação essenciais. Médicos aplicam esse tipo em casos de doenças hepáticas, uso excessivo de anticoagulantes ou outras alterações do sangue. Assim, o paciente consegue formar coágulos de forma mais eficiente.
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Como é feita a coleta e o preparo do sangue?

Os hemocentros coletam o sangue de pessoas saudáveis que comparecem de forma voluntária. Antes da coleta, os profissionais avaliam a pressão, o pulso e o histórico de saúde. Esse cuidado garante que o doador esteja em boas condições para doar com segurança.
Após a coleta, os técnicos realizam exames que identificam possíveis infecções ou incompatibilidades. Depois disso, eles separam os componentes com uma centrífuga, que divide as hemácias, o plasma e as plaquetas em bolsas diferentes. Cada bolsa serve para uma finalidade específica.
A equipe médica armazena as bolsas em condições adequadas até o momento da aplicação. Assim que o paciente precisa, eles analisam o tipo sanguíneo e realizam o cruzamento com o doador para garantir segurança durante a transfusão.
Quais são os riscos e cuidados durante o procedimento?
A transfusão de sangue envolve riscos que os profissionais conseguem reduzir com planejamento. Em alguns casos, o paciente apresenta febre, coceira ou queda de pressão. Para evitar esses efeitos, os profissionais monitoram sinais vitais durante toda a aplicação.
A equipe também prepara o ambiente para agir rapidamente caso ocorra alguma reação inesperada. Além disso, eles usam materiais descartáveis e seguem protocolos rígidos de higiene, o que reduz o risco de infecções.
Por essa razão, os hospitais treinam as equipes para lidar com situações emergenciais. Quando o paciente recebe o sangue sob essas condições, ele se recupera com mais segurança e conforto.
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Quem pode doar sangue para transfusão?
Pessoas com idade entre 16 e 69 anos, que pesam mais de 50 quilos e estão com boa saúde, podem doar sangue. Os profissionais do hemocentro avaliam a condição de cada voluntário antes de autorizar a doação. Esse processo protege tanto quem doa quanto quem recebe.
A triagem envolve perguntas sobre o histórico médico, uso de medicamentos e viagens recentes. Em alguns casos, o voluntário precisa aguardar alguns dias antes de doar. Ainda assim, a maioria das pessoas saudáveis consegue doar regularmente.
A doação leva poucos minutos e não compromete a saúde do doador. Em contrapartida, o sangue coletado pode salvar até quatro vidas. Cada doador se torna um agente direto da recuperação de pessoas em situação grave.
Qual a importância da doação de sangue para salvar vidas
A doação de sangue mantém os hospitais abastecidos. Todos os dias, médicos usam esse recurso em cirurgias, partos e tratamentos contra o câncer. Sem os doadores, muitos pacientes não conseguem seguir com o atendimento necessário.
Pessoas com doenças como talassemia ou anemia falciforme dependem de transfusões frequentes. Além disso, quem sofre um acidente grave precisa do sangue com urgência. Nesse contexto, o gesto voluntário se transforma em uma ponte para a vida.
Por fim, mesmo com campanhas constantes, os hemocentros enfrentam falta de sangue em várias épocas do ano. Por esse motivo, a população precisa manter o hábito da doação. Quanto mais pessoas participam, mais vidas recebem a chance de continuar.
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