Semanas de gravidez: veja o que acontece em cada fase da gestação

A gravidez é dividida em trimestres, totalizando cerca de 40 semanas, embora em alguns casos o período possa se estender até a 42 semanas. Durante esse tempo, o corpo da mulher passa por mudanças constantes para abrigar e nutrir o bebê em desenvolvimento.

O processo de formação do feto é dinâmico e cada semana traz uma nova etapa, desde a implantação do óvulo fecundado até a preparação para o parto. Enquanto isso, sintomas como enjoos, fadiga, dores e aumento do volume abdominal acompanham a mulher ao longo dos meses.

A contagem das semanas de gravidez ajuda a monitorar o crescimento do bebê, programar exames importantes e compreender melhor os sinais do corpo. Essa divisão também é usada por profissionais de saúde no acompanhamento pré-natal.

Compreender o que acontece em cada fase é essencial para adotar os cuidados adequados, identificar sintomas e acompanhar de forma segura cada estágio da gestação.

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Durante a gravidez, o corpo feminino passa por transformações semanais para sustentar o desenvolvimento do bebê – Crédito: Fotorech / Pixabay

Como funciona a contagem das semanas de gravidez

A contagem das semanas de gravidez inicia-se no primeiro dia da última menstruação, mesmo antes da fecundação ocorrer. Esse método, utilizado pelos obstetras, permite estabelecer uma linha do tempo confiável para o acompanhamento pré-natal.

Cada mês da gestação não possui exatamente quatro semanas, o que pode gerar confusão. Por isso, profissionais usam a contagem em semanas como padrão.

A gravidez é dividida em três trimestres: o primeiro vai da 1ª à 13ª semana, o segundo da 14ª à 27ª semana e o terceiro da 28ª até a 40ª semana ou mais.

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Primeiro trimestre: principais mudanças no corpo e desenvolvimento do embrião

No primeiro trimestre, os principais órgãos do bebê começam a se formar. Nessa fase, ocorre a implantação do embrião no útero e a formação do saco gestacional.

Entre a 5ª e a 8ª semana, o coração começa a bater e estruturas como o tubo neural, que dará origem ao sistema nervoso, se desenvolvem rapidamente. Também surgem os primeiros esboços dos membros.

Na mulher, o corpo passa a produzir o hormônio beta-HCG, que pode causar sintomas como enjoo, sono excessivo, sensibilidade nos seios e alterações de humor.

Segundo trimestre: sintomas mais leves e crescimento acelerado do bebê

O segundo trimestre costuma trazer mais disposição para a gestante. Os enjoos tendem a diminuir e a barriga começa a aparecer com mais evidência.

Durante esse período, o bebê desenvolve sentidos como audição e paladar. Movimentos fetais passam a ser percebidos com maior frequência e os órgãos seguem em amadurecimento.

Na 20ª semana, a pele do bebê começa a ser coberta por uma substância protetora chamada vérnix caseosa. O útero se expande e a mãe pode apresentar escurecimento da pele e dores lombares.

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Terceiro trimestre: preparação para o parto e cuidados com a reta final

A partir da 28ª semana, inicia-se o terceiro trimestre. A mulher pode sentir maior cansaço, insônia, dificuldade para encontrar posição ao dormir e inchaços nas pernas.

O bebê ganha peso rápido, os pulmões amadurecem e o cérebro continua se desenvolvendo. Entre a 36ª e a 38ª semana, a maioria dos bebês se posiciona para o parto.

Contrações de Braxton-Hicks podem ocorrer com maior frequência, preparando o corpo para o trabalho de parto. A mala da maternidade e os preparativos finais devem ser organizados nessa etapa.

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Ao longo das semanas, o bebê cresce, os órgãos se desenvolvem e o corpo da mulher se adapta para o nascimento – Crédito: mvorocha / Pixabay

Semana a semana: evolução do bebê dentro do útero

Nas primeiras quatro semanas, o embrião mede poucos milímetros e ainda não possui placenta formada. Com o tempo, surgem o tubo neural, o coração e os esboços dos membros.

Entre a 9ª e a 13ª semana, os órgãos começam a funcionar, embora ainda não estejam totalmente desenvolvidos. A placenta assume a função de nutrir o feto.

A partir da 14ª semana, o bebê começa a engolir líquido amniótico e a desenvolver reflexos. Já entre a 36ª e 40ª semana, alcança aproximadamente 50 cm e pode pesar mais de 3,5 kg.

Sintomas comuns em cada fase da gestação e quando buscar orientação médica

Durante o primeiro trimestre, os sintomas mais relatados são enjoo, sonolência, aumento do apetite e alterações de humor. Pequenos sangramentos devem ser comunicados ao obstetra.

No segundo trimestre, é comum o surgimento de dores nas costas, constipação, azia e escurecimento da pele. Sinais de infecção urinária também devem ser investigados.

Já no último trimestre, podem ocorrer inchaços, dificuldade para dormir e contrações. Qualquer sangramento, dor persistente ou diminuição dos movimentos fetais devem ser avaliados com urgência.

Ultrassons e exames importantes em cada etapa da gravidez

O primeiro ultrassom costuma ser realizado entre a 6ª e a 9ª semana, para confirmar a gestação e avaliar batimentos cardíacos. O segundo, entre a 11ª e 14ª semana, investiga riscos genéticos e mede a translucência nucal.

O exame morfológico é feito entre a 20ª e 24ª semana, observando a formação dos órgãos e confirmando o sexo do bebê. No terceiro trimestre, ultrassons avaliam o crescimento fetal e a quantidade de líquido amniótico.

Outros exames, como hemogramas, sorologias e curva glicêmica, são solicitados em diferentes momentos, conforme a evolução da gravidez e o perfil de cada paciente.

Alimentação e cuidados recomendados ao longo das semanas de gestação

A alimentação durante a gravidez deve ser equilibrada e rica em nutrientes essenciais como ferro, ácido fólico, cálcio e ômega 3. A suplementação, quando indicada, deve seguir orientação médica.

É importante manter uma boa hidratação e evitar alimentos ultraprocessados, cafeína em excesso, bebidas alcoólicas e carnes cruas. Pequenas refeições ao longo do dia ajudam a reduzir náuseas.

A prática de atividades físicas leves, como caminhada ou alongamento, contribui para o bem-estar físico e emocional da gestante, desde que autorizada pelo obstetra.

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Dicas para acompanhar o desenvolvimento da gravidez com segurança

Manter um calendário com as semanas de gravidez ajuda a programar consultas, exames e a observar a evolução dos sintomas. Aplicativos de monitoramento também podem auxiliar.

Registrar fotos, anotar os sintomas e acompanhar o crescimento da barriga tornam o processo mais consciente e organizado. Esses registros também auxiliam na comunicação com o profissional de saúde.

Participar de grupos de orientação para gestantes, cursos de preparo para o parto e dialogar com outras mães pode ser positivo para esclarecer dúvidas e reduzir a ansiedade.