A Ram 700 é uma picape compacta que está sendo fabricada na fábrica da Stellantis em Betim, Minas Gerais. Se já ouviu elogios sobre esse modelo em países como México, Chile e Colômbia, não é por acaso. Apesar de todo esse sucesso lá fora, essa picape não circula pelas ruas brasileiras. Vamos entender por que a Ram 700, mesmo sendo uma criação nacional, nunca cruzou nossas estradas.
A Ram 700 nasceu da Fiat Strada, mas ganhou uma identidade própria para conquistar o mercado internacional. Embora mantenha a mesma estrutura básica da Strada, sua grade frontal e acabamentos são diferentes, dando aquele toque especial. O motor 1.3 Firefly flex é um dos pontos altos da picape, que traz ainda câmbio automático do tipo CVT.
Com um visual robusto e funcionalidades que garantem conforto e segurança, a Ram 700 tem uma boa economia de combustível. No México, por exemplo, ela lidera o mercado de picapes leves. No entanto, mesmo com tantas qualidades, a picape não fez sua estreia no Brasil.
Por que a Stellantis não vende a Ram 700 no Brasil?
A ausência da Ram 700 no nosso mercado se deve a três fatores principais: a estratégia de marca da Stellantis, a proteção da Fiat Strada e o posicionamento da Ram como uma marca premium no Brasil. Essa estratégia é pensada para manter cada marca segmentada, evitando confusões na mente do consumidor.
Aqui, a Ram é vista como um símbolo de luxo e desempenho. Com modelos como a 1500 e a Rampage, a marca se posiciona em um nicho alto. Lançar a Ram 700, uma picape mais acessível, poderia prejudicar essa imagem. Afinal, quem associa a Ram a veículos robustos e potentes ficaria confuso com um modelo compacto e voltado para o uso urbano.
Fiat Strada e sua liderança
A Fiat Strada reina absoluta no segmento de picapes no Brasil, com mais de 144 mil unidades vendidas em 2024. É um verdadeiro sucesso, tanto para o consumidor final quanto para frotistas. Lançar a Ram 700 no Brasil poderia acabar dividindo vendas e gerando conflitos entre as concessionárias, o que não seria uma jogada inteligente, ainda mais considerando que ambas as marcas pertencem ao mesmo grupo.
Sucesso da Ram 700 fora do Brasil
Em mercados onde a Fiat não tem uma presença tão forte, a Ram 700 consegue se destacar como uma opção versátil e confiável. No México, por exemplo, ela é oferecida em várias versões e tem um design que a torna atraente para os consumidores. Outros países como Colômbia, Peru e Chile também abraçam essa picape, onde a marca Ram já conquistou um espaço significativo.
Equipamentos, motorização e consumo
A Ram 700 não decepciona em termos de equipamentos. Com uma central multimídia de 7 polegadas, câmera de ré e rodas de liga leve, ela está bem equipada para o que há de moderno. Seu motor 1.3 Firefly oferece um desempenho bem satisfatório: cerca de 99 cv, com uma economia média de 16,1 km/l, que é bastante esforçada para uma picape.
Ficha técnica
- Motor: 1.3 Firefly, 4 cilindros, gasolina
- Potência: 99 cv a 6.000 rpm
- Torque: 13,0 kgfm a 4.000 rpm
- Câmbio: Automático CVT (7 marchas simuladas)
- Tração: Dianteira
- Capacidade de carga: 650 kg
- Multimídia: Tela de 7″, com Android Auto e Apple CarPlay
- Rodas: Liga leve aro 15
- Segurança: 4 airbags, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa
- Consumo médio: 16,1 km/l (sem carga)
- Origem: Produzida em Betim (MG), exportada para a América Latina
Fatores que determinam a ausência da Ram 700
A escolha da Stellantis de não trazer a Ram 700 para o Brasil é parte de uma estratégia maior. Enquanto a Fiat estabelece seus domínios nas picapes compactas, a Ram foca em um público mais premium. Essa separação ajuda a manter a força de ambas as marcas.
Apesar do sucesso internacional da picape, o consumidor brasileiro ainda observa essa situação com curiosidade. A esperança é que, um dia, a Ram 700 conquiste o mercado nacional e possa ser recebida com aplausos aqui também. Entretanto, por enquanto, fica a expectativa de mudanças futuras que podem permitir essa chegada. Enquanto isso, a Ram 700 brilha lá fora, mostrando a qualidade da engenharia brasileira.