Primeiro-ministro da Ucrânia renuncia em possível reestruturação
Na terça-feira, o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, anunciou sua renúncia, um passo que marca o início de uma esperada reformulação no governo do presidente Volodymyr Zelenskyy. Essa mudança pode incluir a substituição do embaixador da Ucrânia em Washington.
Shmyhal comunicou sua decisão através de uma carta publicada em sua conta no Telegram. O presidente Zelenskyy já indicou que pretende nomear Yuliia Svyrydenko, de 39 anos, para assumir o cargo de primeiro-ministro. Yuliia Svyrydenko é atualmente vice-primeira-ministra e a primeira mulher a ocupar o cargo de ministra da Economia no país.
Ela teve um papel importante nas negociações de um acordo mineral entre os Estados Unidos e a Ucrânia e tem representado o país em conversações de alto nível com parceiros ocidentais. Essas conversas têm focado principalmente em cooperação em defesa, recuperação econômica e reconstrução do país.
Ainda não está claro como a reforma do governo se desenrolará, já que o parlamento ucraniano ainda precisa agendar uma votação sobre as propostas de Zelenskyy. Este movimento ocorre em um momento delicado, com a invasão russa em andamento desde 24 de fevereiro de 2022, aumentando a pressão nas linhas de frente e os ataques a cidades ucranianas com drones e mísseis.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu recentemente aumentar o fornecimento de armas para a Ucrânia, com os custos arcados por países europeus. No entanto, autoridades em Kiev estão preocupadas em garantir o apoio dos Estados Unidos, especialmente com receios de que uma nova administração republicana possa se afastar do conflito.
Zelenskyy enfatizou a importância de fortalecer os laços com os Estados Unidos diante da atual situação. O presidente também sugeriu que Shmyhal poderia ser um bom candidato para o cargo de ministro da Defesa, o que poderia abrir espaço para o atual ministro da Defesa, Rustem Umerov, assumir a embaixada em Washington. Umerov, de 43 anos, foi nomeado ministro da Defesa em setembro de 2023, após uma série de escândalos de corrupção, e tem buscado implementar reformas no setor. No entanto, críticos afirmam que o ministério ainda enfrenta problemas de gestão.
Essas mudanças indicam um momento de transição crucial para a Ucrânia em um contexto de guerra e desafios internos.