Preço da carne pode surpreender nas próximas semanas – confira o que está por vir
Queda nos preços da carne já ocorre na indústria, mas os supermercados ainda não repassaram a redução aos consumidores
O preço da carne no Brasil tem sido um dos principais desafios para o orçamento das famílias nos últimos meses. A alta nos valores impactou o consumo e levou consumidores a buscarem alternativas mais acessíveis para substituir essa proteína no dia a dia.
No entanto, especialistas indicam que os preços podem começar a cair em breve. De acordo com o governo federal, a indústria já reduziu os valores repassados aos supermercados, e a tendência é que essa queda chegue ao consumidor final à medida que os estoques antigos sejam renovados.
Além disso, medidas recentes adotadas pelo governo, como a redução do Imposto de Importação para determinados produtos alimentícios, podem contribuir para uma estabilização dos preços. A expectativa é que, nas próximas semanas, os impactos dessas ações comecem a ser sentidos no mercado.

Supermercados ainda não repassaram a redução de preços
Embora os frigoríficos já tenham reduzido o preço da carne para os supermercados, os consumidores ainda não perceberam essa mudança nas prateleiras. O motivo é simples: os estoques foram adquiridos com valores mais altos e ainda precisam ser esgotados antes que novos preços sejam aplicados.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que a queda deve ser repassada aos consumidores assim que os supermercados começarem a renovar os estoques. Segundo ele, esse movimento deve ocorrer entre o final de março e o início de abril.
A expectativa do setor é que, conforme os preços mais baixos cheguem ao varejo, os consumidores voltem a aumentar o consumo de carne bovina. O mercado aguarda essa retomada como um fator importante para movimentar toda a cadeia produtiva.
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Redução de impostos pode ajudar na queda dos preços
Outra medida que pode contribuir para a estabilização dos preços da carne e de outros alimentos é a decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) de zerar o Imposto de Importação de 11 produtos alimentícios. Essa mudança busca aumentar a oferta desses itens e reduzir os custos para o consumidor.
Entre os produtos que tiveram a alíquota zerada estão carnes bovinas desossadas e congeladas, café, massas, azeite de oliva e biscoitos. A intenção do governo é permitir uma maior concorrência com os produtos nacionais, pressionando o mercado a reduzir os preços.
A isenção, aprovada em reunião extraordinária no dia 13 de março, terá impacto especialmente sobre produtos que registraram aumentos significativos nos últimos meses. O governo espera que essa estratégia ajude a conter a inflação dos alimentos e garanta um maior equilíbrio no mercado interno.
Fatores que podem influenciar os preços nos próximos meses
Apesar das projeções de queda, o preço da carne e de outros alimentos ainda pode sofrer influência de diferentes fatores. O comportamento do mercado interno e externo, assim como custos de produção e políticas cambiais, são variáveis importantes nesse cenário.
Entre os principais aspectos que podem impactar os preços estão:
- Demanda externa aquecida: A alta procura por carne brasileira no mercado internacional pode reduzir a oferta interna e dificultar uma queda expressiva nos preços.
- Custos de produção: O preço dos insumos, como ração para o gado e transporte, influencia diretamente os valores finais da carne. Qualquer variação nesses fatores pode retardar ou limitar a redução de preços.
- Oscilação do dólar: Como a carne bovina tem forte presença no mercado de exportação, a cotação do dólar pode interferir na decisão dos frigoríficos sobre a quantidade de carne destinada ao mercado interno e ao externo.
Esses fatores podem tornar a queda dos preços menos previsível, exigindo um acompanhamento contínuo das condições do mercado para entender a real tendência dos valores.
Expectativa do setor é de estabilização até o segundo trimestre
A combinação da redução nos preços da indústria com as medidas do governo deve levar a uma estabilização dos valores da carne no varejo. Especialistas do setor agropecuário acreditam que os preços podem atingir um equilíbrio até o segundo trimestre do ano.
Além disso, há expectativa de que a concorrência entre os supermercados possa acelerar o repasse da redução ao consumidor final. Com novos lotes adquiridos a preços menores, as redes varejistas devem ajustar seus valores para manter a competitividade.
Caso esse cenário se concretize, o consumo de carne pode voltar a crescer, beneficiando toda a cadeia produtiva e ajudando a reduzir o impacto da inflação dos alimentos no bolso dos brasileiros.
Perspectiva para os consumidores nos próximos meses
Embora a queda imediata nos preços ainda dependa da renovação dos estoques nos supermercados, os consumidores podem esperar um alívio nos valores da carne ao longo das próximas semanas.
A recomendação é acompanhar as promoções e comparar preços entre diferentes estabelecimentos, já que algumas redes podem antecipar a redução para atrair mais clientes. A atenção a esses movimentos pode garantir compras mais vantajosas e um melhor planejamento financeiro.
Com o mercado em adaptação, os próximos meses serão decisivos para entender como as ações do governo e as condições econômicas irão influenciar os preços da carne e de outros alimentos no Brasil.