PIX noturno: como funcionam os limites e como alterar no app
Desde sua criação, o PIX se tornou um dos meios de pagamento mais utilizados no país. Sua agilidade e disponibilidade 24 horas por dia o tornaram parte da rotina de milhões de brasileiros. No entanto, por questões de segurança, o Banco Central (bcb.gov.br) definiu um conjunto de regras específicas para transações realizadas em horários noturnos.
Essas diretrizes incluem a imposição de limites de valor, com o objetivo de coibir fraudes, sequestros-relâmpago e outras ocorrências que envolvam transferências forçadas. As instituições financeiras, por sua vez, devem seguir essas orientações e oferecer opções de personalização para os clientes.
Compreender como esses limites funcionam, qual é o horário de aplicação e como modificá-los diretamente pelo aplicativo do banco é essencial para garantir tanto a praticidade quanto a segurança nas movimentações financeiras.
Índice – PIX noturno
- O que é o PIX e como ele funciona na prática
- Quem pode usar o PIX e quais os requisitos para aderir
- Principais vantagens do PIX em relação a outros meios de pagamento
- Quais os riscos do PIX e como se proteger de golpes
- Mudanças no PIX em 2025: novas regras e atualizações importantes
- Limites de valor: o que muda no uso diário do PIX
- Como usar o PIX com segurança no celular
- O que fazer se o valor do PIX for enviado errado
- Diferença entre PIX, TED e DOC: quando escolher cada um
- Futuro do PIX: novas funções previstas para os próximos anos
O que é o PIX e como ele funciona na prática
O PIX é um sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo Banco Central do Brasil e lançado oficialmente em novembro de 2020. Ele permite transferências e pagamentos em tempo real, sete dias por semana, 24 horas por dia.
As transações podem ser feitas entre pessoas, empresas e governos, com liquidação imediata dos valores. Não há necessidade de dados bancários tradicionais, como agência e conta. Basta utilizar uma chave PIX, que pode ser o CPF, e-mail, telefone celular ou uma chave aleatória.
A segurança do sistema é garantida por camadas de criptografia, autenticação e rastreabilidade, além de ferramentas adicionais oferecidas por cada instituição financeira.
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Quem pode usar o PIX e quais os requisitos para aderir
Qualquer pessoa física ou jurídica com conta em uma instituição participante do sistema pode usar o PIX. Não há cobranças para transferências entre pessoas físicas, embora empresas possam estar sujeitas a tarifas.
Para aderir, é necessário ter conta bancária, de pagamento ou poupança em uma instituição autorizada pelo Banco Central. Após isso, basta cadastrar uma ou mais chaves PIX e acessar o serviço via internet banking ou aplicativo.
O cadastro da chave não é obrigatório para usar o sistema, mas facilita o processo de transferência.
Principais vantagens do PIX em relação a outros meios de pagamento
O PIX se destaca pela velocidade das transações, que são concluídas em até 10 segundos. Ele também é gratuito para pessoas físicas, ao contrário de TEDs e DOCs, que muitas vezes têm tarifas.
A possibilidade de usar chaves simples torna o processo mais rápido e reduz erros. Além disso, o sistema está disponível o tempo todo, inclusive feriados e finais de semana.
Com a introdução de funcionalidades como o PIX Saque, PIX Troco e o PIX Agendado, a ferramenta se tornou ainda mais versátil e integrada ao dia a dia dos usuários.
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Quais os riscos do PIX e como se proteger de golpes
Apesar da segurança do sistema, o uso do PIX tem sido alvo de golpes, como o sequestro-relâmpago e fraudes digitais. Por isso, é importante manter o aplicativo do banco protegido por senha, biometria e autenticação em duas etapas.
Evitar clicar em links recebidos por mensagens e nunca compartilhar senhas também são medidas essenciais. Algumas instituições também permitem criar “listas de confiança”, nas quais transações com valores maiores são permitidas apenas com contatos autorizados.
O Banco Central também oferece o Mecanismo Especial de Devolução, que permite o estorno de valores em caso de fraude comprovada.

Mudanças no PIX em 2025: novas regras e atualizações importantes
A partir de 2025, o Banco Central atualizou as normas referentes aos limites noturnos para transferências via PIX. Agora, entre 20h e 6h, o valor máximo por transação é de R$ 1.000 para pessoas físicas e MEIs.
Essa medida visa coibir crimes durante a madrugada, período com maior ocorrência de golpes e situações de risco. O usuário pode, no entanto, solicitar alterações desses limites diretamente pelo app do banco, com prazo de 24 a 48 horas para a efetivação.
Empresas não são afetadas por essa restrição e continuam com limites compatíveis com suas operações diurnas.
Limites de valor: o que muda no uso diário do PIX
Durante o dia, os limites de transferência são definidos por cada instituição, com base no perfil de movimentação do cliente. No horário noturno, as regras do Banco Central se sobrepõem.
O limite padrão noturno é de R$ 1.000, mas o usuário pode solicitar redução ou aumento via aplicativo, com aprovação em até dois dias úteis. Também é possível definir horários personalizados para aplicação do limite.
Transações agendadas e entre pessoas jurídicas não são afetadas por essa limitação.
Como usar o PIX com segurança no celular
Para garantir a segurança nas transações via celular, recomenda-se manter o aparelho com antivírus atualizado, usar senhas fortes e ativar a autenticação em duas etapas nos aplicativos bancários.
Evitar redes Wi-Fi públicas e revisar permissões dos aplicativos também são boas práticas. Além disso, muitas instituições permitem bloquear temporariamente o uso do PIX no caso de roubo ou perda do celular.
Outra dica é cadastrar contatos seguros no app, permitindo transferências maiores apenas para pessoas de confiança.
O que fazer se o valor do PIX for enviado errado
Caso uma transferência via PIX seja feita para a chave errada, o recomendável é entrar em contato com o banco imediatamente. A solicitação de devolução pode ser feita diretamente no aplicativo, através do Mecanismo Especial de Devolução.
Se o valor tiver sido enviado a uma pessoa conhecida, a tentativa de contato direto pode resolver. Caso contrário, o banco pode intermediar a negociação ou iniciar um processo formal junto à instituição recebedora.
É fundamental revisar todos os dados antes de confirmar a transferência para evitar transtornos.
Diferença entre PIX, TED e DOC: quando escolher cada um
O PIX é a forma mais rápida e acessível de transferência, enquanto a TED permite agendamentos com valores maiores, mas apenas em horário comercial. Já o DOC costuma levar até um dia útil para ser concluído e está em desuso.
Para transferências urgentes ou fora do horário bancário, o PIX é a opção mais recomendada. A TED ainda pode ser usada em transações empresariais que exigem registro de agência e conta.
Cada modalidade tem sua utilidade, mas a tendência é que o PIX se consolide como principal meio de pagamento no país.
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Futuro do PIX: novas funções previstas para os próximos anos
O Banco Central planeja lançar novas funcionalidades para o PIX, como o PIX Automático, que permitirá cobranças recorrentes semelhantes ao débito automático. Outra inovação prevista é o uso do PIX como garantia em operações de crédito.
Também estão em estudo melhorias na integração com carteiras digitais e maior utilização no comércio exterior. Com isso, a ferramenta tende a se tornar ainda mais presente nas relações financeiras.
A evolução do PIX mostra o avanço da digitalização bancária no Brasil e sinaliza um futuro com mais eficiência, segurança e praticidade nas transações diárias.