Aprenda o passo a passo completo para receber o seguro de vida de um falecido sem complicações
Procedimentos após o falecimento de um segurado exigem atenção e organização dos familiares. Documentos corretos evitam atrasos e garantem o valor da apólice
O seguro de vida funciona como uma proteção financeira em caso de falecimento do contratante. Ao contratar uma apólice, a pessoa escolhe beneficiários que receberão o valor acordado em situações previstas no contrato, como morte natural ou acidental.
O valor da indenização depende do tipo de plano contratado e das coberturas selecionadas. O documento que formaliza esse contrato é a apólice, que deve conter todas as condições, prazos, valores e nomes dos beneficiários.
Empresas também oferecem esse seguro como benefício trabalhista. Nestes casos, é comum que o colaborador indique um dependente ou familiar para receber o valor em caso de acidente ou falecimento relacionado ao trabalho.

Beneficiários têm direito integral ao valor definido em contrato
O pagamento do seguro de vida é feito aos beneficiários indicados pelo segurado. Caso esses nomes estejam expressamente na apólice, a seguradora deve seguir fielmente o que está definido, sem necessidade de partilha com outros herdeiros legais.
Se não houver beneficiário indicado, o valor será dividido conforme determinação legal: metade para o cônjuge não separado judicialmente e a outra metade entre os herdeiros legais. Essa distribuição busca preservar o direito dos familiares mais próximos.
A relação entre beneficiário e segurado não precisa ser familiar. A lei permite que amigos, companheiros ou outras pessoas com dependência financeira sejam indicadas.
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Verificação da existência do seguro pode ser feita pela SUSEP
Em casos em que a família não tem certeza se o falecido tinha seguro de vida, é possível verificar por meio do site da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP (gov.br/susep/pt-br). A consulta pode ser feita utilizando o CPF do falecido.
O sistema cruza dados com as seguradoras e informa a existência de apólices ativas, facilitando o acesso aos direitos por parte dos familiares. Para realizar a consulta, é necessário logar com uma conta gov.br.
Documentos são fundamentais para solicitar a indenização
Para dar entrada na solicitação do seguro, é preciso reunir uma série de documentos obrigatórios. O Aviso de Sinistro é o primeiro passo. Esse formulário é fornecido pela seguradora e oficializa a solicitação de pagamento.
Documentos exigidos do beneficiário:
- Cópia do RG e CPF
- Comprovante de residência
- Certidão de nascimento ou casamento atualizada
- Declaração de herdeiros (caso não haja beneficiário indicado)
- Autorização para crédito em conta
Documentos exigidos do segurado falecido:
- RG e CPF
- Certidão de óbito autenticada
- Cópia do contrato do seguro
- Comprovantes de pagamento das últimas parcelas
Etapas para acionar o seguro de vida após o falecimento
Com os documentos reunidos, o passo seguinte é notificar a seguradora. Essa comunicação pode ser feita por e-mail, telefone ou portal online, dependendo da empresa. O prazo legal para o beneficiário solicitar o seguro é de três anos a partir do falecimento.
Após a notificação, a seguradora analisa a documentação e verifica se o sinistro está coberto pela apólice. Não havendo irregularidades ou pendências, o pagamento é feito em até 30 dias corridos.
Esse prazo está previsto na legislação e vale desde que a documentação esteja completa e correta. Caso haja pendências, o prazo é suspenso até que sejam resolvidas.
Informações da conta são necessárias para o pagamento
A liberação do valor depende do preenchimento da autorização de crédito. Nesse documento, o beneficiário informa os dados bancários para o depósito:
- Nome do titular da conta
- Banco, agência e tipo de conta
- Número da apólice
- Data do sinistro
Todos os dados devem ser conferidos para evitar atrasos na liberação da indenização. A seguradora não realiza pagamentos em contas de terceiros.
Cuidados evitam erros durante o processo de solicitação
Para garantir o recebimento correto, é importante seguir algumas orientações:
- Ler atentamente a apólice e verificar o valor e os beneficiários
- Confirmar se o sinistro está coberto
- Reunir e enviar todos os documentos solicitados
- Formalizar tudo por escrito, preferencialmente por e-mail
- Não usar redes sociais ou ligações para enviar documentos
Se houver dificuldades ou dúvidas jurídicas, um advogado especialista pode ser consultado. No entanto, a contratação não é obrigatória.
Burocracias após o falecimento devem ser organizadas com agilidade
Após a morte, é necessário providenciar a certidão de óbito em até 24 horas. Esse documento é essencial para iniciar todos os trâmites legais, como pensão por morte, encerramento de contas e solicitação de seguros.
Outras etapas incluem:
- Cancelamento de documentos como RG e CNH
- Inventário para divisão de bens
- Verificação de contas bancárias e débitos
Caso a morte ocorra em local público, a polícia deve ser acionada para encaminhamento ao IML. Já o serviço funerário deve ser contratado imediatamente após a liberação do corpo.
Organização dos documentos agiliza todos os processos legais
A lista de documentos que podem ser exigidos é extensa. Além da certidão de óbito e do atestado, outros papéis ajudam na regularização da situação:
- RG, CPF, certidão de casamento
- Cartão do INSS (se beneficiário)
- Comprovantes de contas e contratos ativos
Em caso de cremação, será exigida autorização registrada em cartório, assinada por parente direto e duas testemunhas.
Apólice de seguro deve ser guardada em local seguro e acessível
O contratante do seguro deve informar aos beneficiários onde está guardada a apólice. Sem esse documento, o processo pode atrasar ou ser inviabilizado. Manter cópias digitais também é uma medida recomendada.
Em contratos mais recentes, a maioria das seguradoras disponibiliza o acesso à apólice por meio de aplicativo ou site. Ainda assim, guardar versão física pode facilitar o processo em momentos delicados.
Atendimento da seguradora deve ser transparente e acessível
Ao acionar a seguradora, o atendimento deve ser claro e com informações objetivas. Caso haja recusa no pagamento, a empresa é obrigada a justificar a decisão por escrito. Havendo discordância, o beneficiário pode acionar a SUSEP ou a Justiça.
Seguradoras que atuam de forma digital costumam ter canais de atendimento mais ágeis. Mesmo assim, é essencial que todas as etapas fiquem documentadas por e-mail ou protocolo.
Solicitação correta garante tranquilidade em momento de luto
Receber o seguro de vida ajuda a reduzir o impacto financeiro da perda de um familiar. Com a documentação correta e o cumprimento dos prazos, o processo pode ser concluído sem complicações.
A organização das informações e a atenção aos detalhes da apólice são fundamentais para garantir os direitos previstos em contrato. Seguindo todos os passos corretamente, a indenização será liberada com segurança e dentro do prazo legal.