Mãe finge estar morta para escapar de ataque do filho

Uma mulher de 59 anos se viu em uma situação extrema para escapar de um ataque violento de seu próprio filho, de 35 anos, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O incidente aconteceu no dia 11 de julho e os detalhes do caso foram divulgados recentemente pela Polícia Civil, que já concluiu as investigações.

O filho da mulher foi acusado de tentativa de feminicídio e tentativa de estupro. A vítima, ao ser encontrada, apresentava um quadro grave: seu rosto estava desfigurado, com dentes quebrados e evidências de espancamento. A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Contagem ficou responsável pela investigação.

O inquérito, que possui 124 páginas, inclui depoimentos da própria vítima e dos policiais militares que atenderam a ocorrência. O suspeito, por sua vez, optou por não se manifestar durante a investigação. Após a conclusão do inquérito, o caso foi enviado à Justiça para as devidas providências legais.

### Ataque na Madrugada

Durante a madrugada do ataque, a mulher relatou à delegada Teresa Damasceno que foi surpreendida por seu filho em seu quarto. Ele estava com uma lanterna forte e parecia estar sob efeito de drogas. Quando ela tentou deixar o local, o filho começou a agredi-la. “Ele puxou seus cabelos, enforcou-a e disse que a mataria”, afirmou a delegada.

O relato da vítima ainda revela que o agressor tentou retirar sua calça e tocou suas partes íntimas. Diante da resistência dele, ela foi brutalmente espancada com socos e chutes. Além disso, ele tampou o nariz dela com gel de arnica, tentando sufocá-la. As agressões cessaram somente quando a mulher fingiu estar morta.

Após o ataque, a mulher foi internada por dez dias e precisou passar por uma cirurgia devido a fraturas graves no rosto. Em seus depoimentos, ela mencionou que já tinha sido ameaçada pelo filho anteriormente com uma faca e uma tesoura. Ela também contou que ele é usuário de drogas, mas não possui um histórico de doenças físicas ou mentais.

O caso é um exemplo alarmante de violência intrafamiliar e desperta a necessidade de atenção a situações de risco nas relações familiares.