Horário de verão vai voltar em 2025? Governo se manifesta!
O horário de verão, que deixou de existir em 2019, voltou a ser tema de discussão nas redes sociais, demandando manifestações do governo
O horário de verão, criado para aproveitar melhor a luz natural e reduzir o consumo de energia elétrica, marcou por décadas a rotina dos brasileiros. Implementado inicialmente em 1931, ele alterava o relógio em uma hora durante os meses mais quentes do ano.
O objetivo era diminuir a demanda energética nos horários de pico. A proposta surgiu em um período de escassez de recursos e de um sistema elétrico menos moderno, o que tornava a medida eficiente e necessária.
Contudo, com o passar do tempo, as transformações tecnológicas e os novos padrões de consumo começaram a modificar essa realidade. Hoje, o debate sobre o retorno do horário de verão volta à pauta, mas em um contexto completamente diferente, no qual eficiência energética caminha em novas direções.

Horário de verão pode voltar em 2025?
O governo brasileiro confirmou que o horário de verão não será retomado em 2025, decisão oficializada pelo Ministério de Minas e Energia. Essa escolha baseia-se em estudos técnicos que demonstram a segurança energética do país, eliminando qualquer necessidade de alterar os ponteiros do relógio.
O ministro Alexandre Silveira enfatizou que o Brasil possui uma matriz elétrica sólida, sustentada principalmente por fontes limpas e renováveis, como as hidrelétricas, a energia eólica e a energia solar, que garantem estabilidade no fornecimento.
Além disso, o ministério reforçou que a decisão não se apoia em aspectos políticos, mas em análises estratégicas de longo prazo. O governo pretende assegurar que o planejamento energético continue a sustentar o crescimento econômico e social do Brasil, sem recorrer a medidas temporárias.
Por fim, o anúncio acompanha outras iniciativas voltadas à inovação no setor. Entre elas, destaca-se o lançamento, em 2025, de leilões para aquisição de baterias de armazenamento de energia solar e eólica. Essa medida visa aumentar a capacidade de retenção e redistribuição de energia.
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Por que o horário de verão deixou de existir?
O horário de verão foi suspenso em 2019, após estudos indicarem que sua eficiência havia diminuído significativamente. No passado, ele reduzia o consumo durante os picos noturnos, quando a iluminação artificial era mais utilizada.
Entretanto, o avanço de novas tecnologias, como lâmpadas de LED e sistemas automatizados, reduziu o impacto desse tipo de economia. Além disso, o consumo atual concentra-se mais em equipamentos eletrônicos e sistemas de refrigeração, que não sofrem influência direta da alteração dos relógios.
Com isso, o benefício econômico e energético do horário de verão tornou-se mínimo, enquanto os efeitos sobre o bem-estar da população ganharam destaque. Pesquisas apontaram que a mudança no ciclo biológico afetava o sono e o rendimento de trabalhadores e estudantes.
Diante desse cenário, o governo optou por priorizar soluções estruturais em vez de ajustes pontuais. Assim, a suspensão da medida representou uma adaptação à nova realidade tecnológica e comportamental do país.
Além disso, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) constatou que a diferença de consumo entre horários de pico foi reduzida ao longo dos anos. O Brasil, antes dependente de medidas emergenciais para equilibrar o sistema, passou a contar com ferramentas mais precisas de gestão.
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Mudanças movidas pela modernização energética
A modernização do sistema energético brasileiro transformou profundamente o modo como o país lida com a produção e o consumo de energia. Graças aos investimentos em energias renováveis e em novas tecnologias de armazenamento, tornou-se possível utilizar melhor os recursos disponíveis.
Além disso, a expansão das fontes limpas fortalece a segurança e a autonomia energética nacional. O aumento da capacidade das hidrelétricas, somado ao avanço da energia eólica e solar, garante uma matriz diversificada e resiliente.
Com o apoio de sistemas de baterias e soluções inteligentes de distribuição, o país consegue otimizar a energia gerada em horários de maior produção e redistribuí-la conforme a necessidade do consumo. Essa flexibilidade torna o sistema mais eficiente e sustentável, reduzindo perdas e garantindo estabilidade.
Por fim, o governo aposta em inovação e sustentabilidade como pilares da política energética. A modernização permite não apenas atender à demanda crescente, mas também impulsionar o desenvolvimento econômico com responsabilidade ambiental.
Dessa forma, o Brasil se consolida como referência regional em transição energética, mostrando que o futuro do setor não depende de medidas como o horário de verão, e sim de uma infraestrutura inteligente, tecnológica e sustentável que garanta energia limpa e estável para todos.
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