Foto do espaço feita por astronauta da NASA surpreende na Terra
Uma astronauta da NASA, Nichole Ayers, registrou um momento incrível enquanto a Estação Espacial Internacional passava sobre os EUA e o México. Ela capturou uma imagem de um fenômeno raro conhecido como “sprite”, que compartilhou em suas redes sociais. Esse evento ocorre em plena tempestade e envolve uma intensa descarga elétrica, visto diretamente do espaço.
Os sprites aparecem entre 50 e 90 quilômetros acima da superfície, bem acima dos relâmpagos que conhecemos. Eles se manifestam como raios luminosos, resultado de uma atividade elétrica extrema. Esses fenômenos interessantes só podem ser observados em condições específicas, como em voos de aviões, na órbita da Terra ou até mesmo em montanhas altas. Eles emitem uma luz que varia de azul a vermelho, dependendo da densidade do ar no local.
Fenômeno raro
Os sprites estão sendo estudados desde 1980, mas muitos mistérios ainda cercam esse fenômeno. A comunidade científica se dedica a entender melhor o que o desencadeia e como ele impacta as camadas mais altas da atmosfera terrestre.
No Brasil, esse fenômeno também foi registrado. Em julho de 2023, no Rio Grande do Sul, e em novembro de 2024, em Goiás. Em Porto Alegre, por exemplo, um astrônomo amador chamado Pedro Augusto de Jesus Castro conseguiu observar sprites durante uma tempestade no Oceano Atlântico. Ele usou uma câmera que monitora o céu por 24 horas, especificamente na região de Tramandaí, no Litoral Norte.
O registro feito por Nichole não só captura a beleza do sprite no espaço, mas também destaca sua complexidade. Esses eventos ocorrem em regiões elevadas da atmosfera e são visíveis apenas por milissegundos. Para os cientistas, esses registros são valiosos, pois possibilitam um estudo mais detalhado do fenômeno.
Além da dificuldade de acesso visual, o impacto dos sprites chama a atenção. Ainda não se sabe exatamente como esses eventos influenciam a química do ar em grandes altitudes. Investigar como essas tempestades afetam os sistemas climáticos pode contribuir para a melhoria dos modelos meteorológicos.