Um incidente grave ocorreu no Mar Vermelho, onde um navio mercante chamado Eternity C afundou após ser atacado por rebeldes Houthi, um grupo que controla grandes áreas do Iémen. Segundo informações da missão de segurança marítima da União Europeia, dez pessoas foram resgatadas, mas acredita-se que outras ainda estejam sob custódia do grupo rebelde.
O ataque aconteceu após uma série de tentativas de ataque ao navio, que foi atingido por foguetes lançados de embarcações menores. Durante o incidente, três dos 25 ocupantes a bordo perderam a vida. O Eternity C, que operava sob bandeira líbia, tinha uma tripulação de 22 pessoas, composta principalmente por filipinos e um russo, além de uma equipe de segurança de três membros.
As autoridades relataram que, entre os dez resgatados, oito eram filipinos e dois representavam a equipe de segurança, sendo um grego e um indiano. O trabalho de resgate foi coordenado pela missão da União Europeia, que se dedica a operações na região.
Os rebeldes Houthi afirmaram ter realizado o ataque com um barco não tripulado e vários mísseis, alegando que o Eternity C estava se dirigindo ao porto israelense de Eilat no momento do incidente. Eles afirmaram que o navio foi “completamente afundado” e que alguns membros da tripulação foram resgatados e levados para um local não divulgado, onde receberam cuidados médicos.
O governo dos Estados Unidos condenou a ação dos Houthi, acusando-os de sequestro e exigindo a libertação imediata dos tripulantes. Um vídeo divulgado pelos rebeldes mostrava o navio danificado e afundando após o ataque, com comunicações de rádio nas quais garantiam a segurança da tripulação.
Este ataque é o segundo incidente de afundamento causado pelos Houthi na semana. No domingo anterior, um outro navio, o Magic Seas, teve que ser abandonado após ser atacado. Os Houthi têm se envolvido em uma série de ataques a embarcações que supostamente têm laços com Israel, afirmando que continuarão com essas operações até que a agressão contra Gaza cessem.
Os rebeldes também já haviam concordado em não atacar navios de guerra dos Estados Unidos na região, após uma série de ataques a suas bases. No entanto, ainda não se comprometeram a parar os ataques a outros navios supostamente associados a Israel, aumentando as preocupações sobre uma possível crise de segurança na navegação em uma rota comercial vital.