Como bloquear o celular roubado e evitar golpes com seus dados

O roubo e o furto de celulares representam uma realidade cada vez mais comum, transcendendo a simples perda de um bem material. A principal preocupação das vítimas volta-se para a segurança das informações pessoais e financeiras, que ficam expostas no aparelho.

A posse do celular por terceiros abre portas para a aplicação de golpes, acesso a contas bancárias e roubo de identidade. Por essa razão, agir com rapidez e de forma estratégica após o ocorrido é determinante para minimizar os prejuízos e proteger a privacidade.

Existem etapas bem definidas que devem ser seguidas, desde o bloqueio do aparelho até a proteção de contas online. Cada medida cumpre uma função específica no processo de contenção de danos, dificultando a ação de criminosos e resguardando o patrimônio da vítima.

Compreender o funcionamento de ferramentas como o código IMEI e os recursos de bloqueio remoto capacita o usuário a tomar as melhores decisões.

O que é o IMEI e como ele ajuda no bloqueio do aparelho

O IMEI, sigla para International Mobile Equipment Identity, funciona como um número de chassi para dispositivos móveis. Trata-se de um código de identificação único, com 15 dígitos, que todo celular, tablet ou modem com conexão de rede possui.

A principal função do IMEI no contexto de segurança é viabilizar o bloqueio completo do hardware. Quando o proprietário solicita o bloqueio, o aparelho é inserido em um cadastro de restrição. Assim, o dispositivo fica impedido de se conectar a qualquer rede de telefonia móvel.

Para descobrir o IMEI, o método mais simples é digitar *#06# no discador do telefone, e a numeração aparecerá na tela. É recomendável anotar esse número e guardá-lo em um local seguro, fora do celular, para que possa ser acessado em uma emergência.

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Como bloquear o celular roubado usando o número IMEI

O bloqueio do aparelho por meio do IMEI é um dos procedimentos mais eficazes para inutilizar o dispositivo. Para realizá-lo, o primeiro passo é registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.), o que pode ser feito em delegacias presenciais ou virtuais.

Com o número do IMEI e os dados pessoais em mãos, o próximo passo é entrar em contato com a operadora de telefonia. Ao solicitar o bloqueio por perda ou roubo, a empresa pedirá a confirmação de alguns dados e incluirá o IMEI em sua lista de restrição.

É importante notar que o bloqueio pode levar até 24 horas para ser efetivado em todas as redes. Uma vez concluído, o celular não poderá mais fazer ligações ou acessar dados móveis. Contudo, essa ação não apaga os dados, tornando outras medidas necessárias.

É possível rastrear o celular depois do bloqueio?

O rastreamento após o bloqueio do IMEI é limitado. Quando o código é bloqueado, o celular perde a conexão com as redes de dados móveis. Como as ferramentas de localização dependem da internet para reportar sua posição, o rastreio fica, em geral, impossibilitado.

No entanto, se o aparelho for conectado a uma rede Wi-Fi antes que os dados sejam apagados, ele ainda poderá enviar sua localização. Por essa razão, a ordem dos procedimentos é fundamental: primeiro, tenta-se rastrear e apagar os dados remotamente.

Somente depois de tentar o rastreio, solicita-se o bloqueio do IMEI à operadora. Sistemas mais recentes, como o iOS 15 ou superior, possuem tecnologias que permitem localizar o iPhone mesmo desligado, mas essa é uma exceção à regra geral.

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Como bloquear o chip e impedir uso da linha telefônica

Tão importante quanto bloquear o aparelho é realizar o bloqueio do chip (SIM card). Essa medida impede que criminosos usem a linha para aplicar golpes ou para receber códigos de verificação em duas etapas (2FA) via SMS, que dão acesso a outras contas.

Para bloquear o chip, o procedimento é contatar diretamente sua operadora de telefonia. Ao ligar para a central de atendimento, identifique-se e solicite o cancelamento da linha por motivo de perda ou roubo. A operadora irá desativar o SIM card imediatamente.

Posteriormente, o titular da linha pode ir a uma loja da operadora com um documento para solicitar um novo chip e recuperar o número. Essa ação permite retomar o controle de serviços associados, como o WhatsApp, em um novo aparelho celular.

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O código IMEI, presente na caixa do produto ou obtido ao digitar #06#, é a identificação única usada para bloquear o aparelho na operadora – Crédito: freepik / Freepik

Como proteger suas contas e dados pessoais após o roubo

A primeira ação de proteção de dados deve ser tentar apagar o conteúdo do celular remotamente. Utilizando outro dispositivo, acesse a ferramenta “Encontre Meu Dispositivo” (Android) ou “Buscar” (iPhone) para executar a limpeza remota.

Essa ação restaura o celular para as configurações de fábrica, removendo o acesso a aplicativos, fotos e arquivos. Imediatamente após, é fundamental alterar as senhas de todas as contas importantes que estavam logadas no aparelho, começando pela conta Google ou Apple ID.

Em seguida, mude as senhas de e-mails, redes sociais e, principalmente, de todos os aplicativos de bancos. Comunique-se também com suas instituições financeiras para informar sobre o roubo e solicitar o monitoramento de atividades suspeitas na conta.

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Que outras medidas tomar para proteger aplicativos e dados?

Medidas preventivas aumentam muito a segurança de seus dados no dia a dia. Ativar a verificação em duas etapas (2FA) em todas as contas é uma das barreiras mais eficientes. Prefira métodos que usem aplicativos geradores de código, em vez de SMS.

Outra prática recomendada é ocultar os aplicativos de bancos da tela inicial e da busca do celular. Esse recurso, disponível em Android e iOS, dificulta o acesso rápido aos apps financeiros, criando uma camada extra de proteção contra invasores.

Considere também o uso de programas governamentais, como o Celular Seguro. A plataforma permite um bloqueio rápido e centralizado do aparelho e de contas bancárias, agilizando um processo que antes exigia múltiplos contatos com as empresas.