Vacina usada no Brasil é suspensa nos EUA após incidentes trágicos
A vacina contra a chikungunya, desenvolvida pela Valneva em parceria com o Instituto Butantan, passou por uma interrupção nos Estados Unidos. A Food and Drug Administration (FDA) decidiu suspender a aplicação devido a relatos de quatro casos de efeitos colaterais. Esses incidentes trouxeram consequências sérias, incluindo hospitalizações e uma morte, além de outras 21 ocorrências que, possivelmente, estão ligadas à vacina.
Um alerta importante
Aqui no Brasil, essa vacina já recebeu a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com autorização concedida em abril de 2025 para pessoas entre 18 e 65 anos. Apesar disso, a vacina ainda não está disponível para venda. A chikungunya é transmitida principalmente por mosquitos fêmeas, como o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, conhecido como mosquito-tigre.
Temos que ficar atentos, porque com a mudança climática e o aquecimento global, a presença do mosquito-tigre está se expandindo, especialmente nas regiões norte do Brasil. Além da chikungunya, os mosquitos podem transmitir outras doenças como zika e dengue. Os sintomas da chikungunya podem ser similares aos da dengue e zika, o que pode dificultar a identificação precisa da doença.
Os sintomas geralmente incluem febre alta, cansaço extremo e dores nas articulações. Em casos mais sérios, a chikungunya pode deixar sequelas duradouras. Após as preocupações levantadas pela FDA, a vacinação foi suspensa para pessoas com mais de 60 anos. Depois de uma reavaliação dos riscos e benefícios, as vacinações foram retomadas.
Os efeitos colaterais se manifestaram, principalmente, em pessoas mais velhas, como indivíduos de 70 e 82 anos. Um caso específico envolveu uma morte decorrente de inflamação cerebral. A proposta da vacina se baseia em uma técnica que imita o vírus da chikungunya, o que pode gerar certa confusão com o quadro clínico da doença.
A Valneva já havia realizado estudos que mostravam as possíveis reações adversas, e agora trazem um acompanhamento contínuo após a aprovação da vacina. Esses cuidados são fundamentais, especialmente em um cenário onde a saúde pública é uma prioridade.