Pesquisadores do Japão produzem carne em laboratório

Uma carne impressa em 3D por cientistas japoneses está chamando a atenção, especialmente por se tratar de uma versão do famoso bife de Wagyu, um dos cortes mais caros do mundo. Para você ter uma ideia, o quilo pode custar cerca de R$ 700,00. A equipe retirou células-tronco de vacas, que foram manipuladas em laboratório até se transformarem em carne. O objetivo era criar um produto que se assemelhasse ao verdadeiro, incluindo tanto gordura quanto músculos.

O pedaço de carne criado tem o tamanho de um grão de feijão e, apesar de estar a caminho de uma versão comestível, ainda não é possível consumi-lo. Os cientistas estão otimistas e acreditam que, num futuro próximo, será viável produzir carne totalmente em laboratório.

A produção

A pequena peça de carne tem apenas 5 milímetros de diâmetro, 5 de espessura e 10 de comprimento. Ela foi resfriada a 4°C até atingir sua forma final. O mercado de carne cultivada, por sua vez, promete um futuro bastante promissor, podendo movimentar até 140 bilhões de dólares em todo o mundo. Contudo, a produção ainda é bastante cara, chegando a custar R$ 10 mil por quilo.

Atualmente, empresas como Mosa Meat e Eat Just já disponibilizam carnes cultivadas e aprovadas. Startups como Memphis Meats, Aleph Farms, BioTech Foods e SuperMeat estão na briga por esse mercado, que, de 2016 até agora, saltou de poucas empresas para mais de 60.

A carne produzida em laboratório tem como vantagem ser uma alternativa mais ética em relação à pecuária tradicional, o que vem atraindo um montante recorde de investimentos. No entanto, ainda existem desafios para a produção em larga escala. Apesar dos avanços, o custo elevado é um obstáculo significativo para a comercialização em massa.

Embora a carne de Wagyu criada pelos cientistas japoneses represente uma inovação empolgante, ainda há um longo caminho a percorrer. O crescimento rápido do setor e o aumento no número de investidores mostram que a carne cultivada em laboratório pode realmente ser uma opção sustentável no futuro. A mudança no cenário alimentar depende do avanço tecnológico e, claro, da aceitação das pessoas.