Zambelli denuncia superlotação em presídio na Itália

A deputada federal licenciada Carla Zambelli, do PL de São Paulo, está presa desde terça-feira (29) no presídio feminino Germana Stefanini, localizado no complexo penitenciário de Rebibbia, na região nordeste de Roma, Itália. Este presídio é um dos três exclusivos para mulheres no país e está entre os maiores da Europa.

De acordo com o Departamento de Administração Penitenciária da Itália, até o final de junho, o presídio abrigava 369 mulheres, superando em quase cem o número permitido. Este cenário reflete uma crise no sistema carcerário italiano, que apresenta uma das piores taxas de superlotação da União Europeia.

Inaugurado nos anos 1950, o presídio foi administrado por freiras até 1979, quando passou a ser gerido por agentes penitenciários. A estrutura conta com duas alas principais e quatro menores, totalizando 171 celas. Além disso, o presídio possui áreas verdes, campos para atividades esportivas, um teatro, uma academia, uma biblioteca e espaços destinados a cultos religiosos.

O Germana Stefanini abriga detentas de segurança média e máxima, e também oferece espaço para mães com filhos pequenos. Aproximadamente 30,8% das mulheres presas são estrangeiras. A maior seção do presídio, chamada Camerotti, ocupa três andares e recebe detentas de segurança média, incluindo aquelas que estão recém-chegadas ou aguardando julgamento. Cada andar conta com 12 celas, equipadas com beliches e banheiros, enquanto as duchas são compartilhadas, uma por andar.

O advogado de Zambelli, Alexandro Maria Tirelli, informou que detentas que aguardam o processo de extradição, como ela, são colocadas em celas comuns, pois não há um setor específico para esses casos.

Na próxima sexta-feira (1º), a deputada licenciada será chamada para depor pela Justiça italiana. A decisão pode resultar na continuidade da prisão, na concessão de prisão domiciliar ou na liberação para que ela aguarde o processo em liberdade.