Yamaha de R$8.000 fora de linha é alternativa econômica e confiável

A Yamaha Crypton 115 é uma daquelas motinhos que conquistaram seu espaço no coração dos brasileiros. Desde que foi lançada, em 1997, até sua produção final em 2016, essa CUB (Cheap Urban Bike) se tornou um “clássico cult”. Muitas pessoas a consideram indestrutível, e com razão: ela é conhecida pelo baixo consumo de combustível, que pode facilmente ultrapassar os 40 km/l. Por isso, se tornou uma opção super inteligente para quem precisa de um veículo confiável e econômico no dia a dia.

Mesmo depois de sair de linha, a Crypton continua sendo muito procurada. Isso fez com que o preço dela no mercado se descolasse da Tabela FIPE. Então, a pergunta que fica é: o que faz dessa moto uma compra tão atrativa? E como ela se compara à sua eterna rival, a Honda Biz? Vamos entender melhor.

Por que a Crypton saiu de linha?

A Yamaha Crypton teve duas versões no Brasil. A primeira, com motor de 105cc, ficou disponível de 1997 a 2005. Depois, ela voltou em 2010, já com motor de 114cc e um visual renovado, mas o principal objetivo era claro: brigar de igual para igual com a Honda Biz, que dominava o mercado.

Mas a concorrência era forte. De um lado, a Honda Biz, que se apresentava mais moderna com injeção eletrônica e um porta-objetos maior. Do outro, a Honda Pop, que era ainda mais acessível. Assim, a Crypton ficou em uma posição complicada, “espremida” entre as duas. Mesmo com suas qualidades, não conseguiu vender o suficiente e acabou descontinuada em 2016.

O que faz da Crypton uma moto tão confiável?

O famoso rótulo de “indestrutível” se deve ao projeto mecânico da Crypton, que prioriza a simplicidade e durabilidade. Ela vem equipada com um motor monocilíndrico de 114cc, que entrega 8,2 cv. Não foi projetado para ser uma máquina veloz, mas sim para suportar uso intenso sem complicações. Um mecânico com 15 anos de experiência em concessonárias Yamaha até compartilhou que nunca precisou abrir um motor de Crypton para reparos. Impressionante, né?

A alimentação é feita por carburador, mas tem uma tecnologia interessante: uma válvula de corte que interrompe o fluxo de combustível na desaceleração, ajudando na economia. O câmbio semi-rotativo de quatro marchas elimina o manete de embreagem, o que facilita muito a pilotagem.

A ciclística como grande diferencial: mais moto, menos scooter

A ciclística é outro ponto forte da Crypton, fazendo uma clara distinção em relação à Honda Biz. A Yamaha optou por rodas raiadas de 17 polegadas nas duas extremidades. Essa decisão garante mais estabilidade na pilotagem, principalmente quando se enfrenta buracos ou irregularidades nas ruas.

A suspensão, que possui garfo telescópico na frente e duplo amortecedor com ajuste de pré-carga na traseira, também ajuda a oferecer uma robustez que se destaca. Isso torna a Crypton uma excelente companheira para lidar com as péssimas condições do asfalto em diversas cidades brasileiras.

Vale a pena comprar uma Yamaha de R$8.000 em 2025?

Se você estiver em busca de uma Crypton 115 hoje, vai notar que há uma grande diferença entre o valor na Tabela FIPE e o que ela realmente custa no mercado. Uma Yamaha de R$8.000 é um preço considerável para um modelo 2016 em bom estado, e isso reflete a alta demanda e a pouca oferta.

A compra é uma boa alternativa, mas vale a pena considerar alguns pontos negativos. O banco pode ser duro e pode causar desconforto em viagens mais longas. Além disso, o compartimento sob o assento é bem pequeno, a ponto de não caber um capacete.

Para quem busca uma manutenção acessível, confiabilidade e uma pilotagem segura, a Crypton 115 se destaca como uma das melhores opções no mercado de motos usadas. Mesmo que seu status de “barata” tenha mudado, muitos ainda a consideram uma escolha inteligente.