WhatsApp encerra versão clássica para Windows e obriga migração para novo aplicativo mais pesado
Mudança na plataforma força usuários a utilizarem a versão baseada em tecnologias modernas, que consome mais memória do computador, mas oferece novos recursos.
Se você utiliza o WhatsApp no seu computador de trabalho ou de casa, já deve ter notado que o sistema está exigindo uma atualização definitiva. A plataforma decidiu aposentar de vez a versão clássica do aplicativo para Windows, baseada em tecnologias mais antigas, e está forçando todos os usuários a instalarem a nova versão disponível na loja da Microsoft.
A mudança não é apenas visual. O novo aplicativo foi construído do zero para ser mais integrado ao sistema operacional da Microsoft, permitindo funções que antes não existiam, como as chamadas de vídeo e áudio em grupo diretamente pelo PC. No entanto, essa modernização tem um preço que muitos usuários já começaram a sentir no desempenho da máquina.
O novo software é consideravelmente mais pesado do que o anterior. Ele consome mais memória RAM e exige mais do processador para rodar as mesmas conversas de sempre. Para quem possui um computador de última geração, a diferença pode ser mínima, mas para quem utiliza aparelhos mais modestos ou antigos, o impacto na velocidade é visível.
Essa transição obrigatória faz parte de um movimento do WhatsApp para unificar a experiência do usuário. A ideia é que o aplicativo para computador se pareça e funcione cada vez mais como a versão do celular, mas com as facilidades que o teclado e o mouse oferecem para quem passa o dia produzindo.
Se você ainda não fez a troca, saiba que em breve a versão antiga parará de conectar totalmente, exibindo um aviso de que não é mais suportada. É o fim de uma era para o “WhatsApp Desktop” tradicional e o início de uma fase focada em recursos mais robustos, mesmo que isso custe alguns megabytes extras de processamento.
As diferenças entre o novo e o antigo WhatsApp
A grande diferença técnica é que a versão antiga funcionava como uma espécie de “espelho” do navegador dentro de uma janela. O novo aplicativo é “nativo”, o que significa que ele fala a mesma língua do Windows. Isso traz vantagens, como notificações mais confiáveis e a capacidade de receber mensagens mesmo quando o celular está desconectado ou sem bateria.
Por outro lado, essa arquitetura moderna exige bibliotecas de software mais densas. Enquanto o antigo ocupava pouco espaço e era ágil para abrir, o novo demora alguns segundos a mais para carregar todas as conversas e mídias. O visual também mudou, adotando um estilo que combina mais com o design do Windows 11, com bordas arredondadas e transparências.
Para quem trabalha com muitas abas abertas, o aumento no consumo de memória pode ser um incômodo. É comum notar que o novo WhatsApp “segura” mais recursos do computador para manter as funções de chamadas e sincronização em segundo plano sempre prontas para o uso.
O que muda nas funções do dia a dia
Apesar de ser mais pesado, o novo aplicativo traz ferramentas que facilitam a vida de quem usa o mensageiro profissionalmente. Agora é muito mais fácil gerenciar arquivos recebidos, e a busca por conversas antigas está mais rápida e precisa. A interface de chamadas também ganhou um upgrade, ficando mais estável e com melhor qualidade de som e imagem.
Outro ponto positivo é a melhoria na sincronização de figurinhas e gifs. Na versão anterior, era comum haver um atraso ou erro na exibição desses itens, mas o novo sistema lida melhor com o carregamento de mídias pesadas. A ideia da Meta é transformar o computador em um centro de comunicação tão potente quanto o smartphone.
Muitos usuários também relataram que o novo app resolveu problemas crônicos de desconexão que aconteciam na versão baseada em web. Como ele é um programa mais robusto, a conexão com os servidores do WhatsApp tende a ser mais sólida, evitando que as mensagens fiquem “carregando” infinitamente.
Como lidar com o peso do novo aplicativo
Se o seu computador começou a travar após a atualização, existem algumas medidas simples que podem ajudar. A primeira é desativar a inicialização automática do WhatsApp junto com o Windows. Isso garante que o sistema ligue mais rápido e você só abra o mensageiro quando realmente for utilizá-lo.
Outra dica é limpar o cache de conversas e mídias periodicamente dentro das configurações do próprio app. Como ele armazena muitas fotos e vídeos para visualização rápida, o banco de dados pode crescer demais e acabar deixando o programa lento. Manter apenas o essencial ajuda a manter a fluidez da navegação.
Caso o seu PC realmente não suporte a nova versão, a saída é utilizar o WhatsApp Web diretamente pelo navegador de internet. Embora ele não tenha todos os recursos nativos, como as chamadas de voz, ele costuma ser mais leve para máquinas que sofrem para rodar muitos programas ao mesmo tempo.
O futuro do mensageiro nos computadores
O encerramento da versão clássica mostra que o WhatsApp não quer mais depender de tecnologias de terceiros para rodar no PC. Ao ter seu próprio aplicativo nativo, a empresa ganha liberdade para lançar funções exclusivas para quem usa computador, como atalhos personalizados e maior integração com outros softwares de produtividade.
Em 2026, a tendência é que essas ferramentas se tornem ainda mais integradas com inteligência artificial, ajudando a resumir conversas longas ou organizar tarefas diretamente pela janela do chat. Toda essa tecnologia exige hardware, e é por isso que os aplicativos estão ficando cada vez mais “exigentes”.
Ficar atento a essas atualizações é importante para não ser pego de surpresa com um aplicativo que para de funcionar no meio do expediente. A modernização é inevitável, e o melhor caminho é ajustar as configurações do seu dispositivo para que ele continue sendo um aliado na sua comunicação diária.
