Vou receber pensão após o divórcio, posso receber o BPC ao MESMO tempo?

Alguns benefícios do INSS podem ser acumulados. Contudo, é importante se atentar às regras de renda de alguns, como é o caso do BPC.

O divórcio pode trazer diversas dúvidas, especialmente sobre as implicações financeiras.

Uma das principais preocupações é como a pensão alimentícia afetará o recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC) da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).

Diante deste cenário, é ideal ter noção do que irá acontecer com seu BPC. Abaixo, entenda como o benefício pode ser afetado pela nova situação financeira.

Vai receber pensão? Veja se o BPC também é pago simultaneamente.
Vai receber pensão? Veja se o BPC também é pago simultaneamente. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatec.pro.br

Entendendo as regras gerais do BPC

O BPC é um benefício garantido por lei a pessoas com deficiência ou idosos que comprovem renda familiar mensal per capita inferior a 1/4 do salário mínimo.

Para recebê-lo, é necessário cumprir alguns requisitos. A idade mínima para idosos é de 65 anos ou mais, enquanto para pessoas com deficiência, não há restrição de idade.

É necessária a comprovação de impedimentos físicos, mentais, intelectuais ou sensoriais de longo prazo (mínimo de 2 anos) que impeçam o trabalho e a provisão do próprio sustento.

Além disso, é fundamental que a renda familiar per capita esteja dentro dos limites estabelecidos para garantir a continuidade do benefício.

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Pensão alimentícia: obrigações e direitos

A pensão alimentícia visa garantir a manutenção dos filhos após o divórcio. Geralmente, o valor é definido pela justiça e reajustado periodicamente, acompanhando índices como o salário mínimo ou o salário do pagador.

Esta pensão pode ser um ponto de preocupação para quem recebe o BPC, pois a inclusão dessa renda na avaliação familiar pode impactar o benefício.

No entanto, é importante entender que o recebimento da pensão alimentícia por um filho menor não interfere diretamente no BPC do cônjuge que a recebe.

A renda familiar total, incluindo a pensão, deve ser considerada na avaliação do BPC, podendo afetar o resultado final.

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BPC e pensão alimentícia: é possível combinar?

Em regra, o recebimento da pensão alimentícia por um filho menor não interfere no BPC do cônjuge que a recebe. No entanto, a renda familiar total, incluindo a pensão, deve ser considerada na avaliação do BPC.

A pensão alimentícia não pode fazer com que a renda familiar per capita ultrapasse 1/4 do salário mínimo, pois isso levaria à suspensão do BPC.

É essencial buscar um acordo em comum sobre a pensão alimentícia, considerando as necessidades do filho e as possibilidades do pagador para evitar conflitos futuros.

Em caso de dúvidas ou conflitos, é aconselhável procurar um advogado especializado em direito de família para obter orientação adequada e garantir seus direitos.

Gerenciar as finanças após um divórcio pode ser desafiador, especialmente quando se depende de benefícios como o BPC.

É crucial entender como a pensão alimentícia pode impactar a renda familiar e, consequentemente, o direito ao benefício.

Ao seguir as orientações adequadas e buscar aconselhamento jurídico quando necessário, é possível garantir que todos os direitos sejam mantidos e que o impacto financeiro seja minimizado.

A pensão alimentícia e o BPC podem coexistir, desde que a renda familiar se mantenha dentro dos limites estabelecidos pela lei.

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