Você pode estar em terreno da Igreja Católica sem saber
Muita gente pode achar que histórias como esta são raras, mas a verdade é que essa situação acontece em várias cidades do Brasil. Você sabia que milhares de brasileiros moram em propriedades construídas sobre terrenos que não pertencem a eles? Isso mesmo, esses terrenos são, na verdade, da Igreja Católica.
Os moradores podem ser donos legítimos das casas, prédios e comércios, mas o solo onde tudo isso está erguido é da Igreja. Isso pode pegar muita gente de surpresa, especialmente quando descobrem o que é o laudêmio.
O laudêmio é uma taxa que deve ser paga à Igreja quando um imóvel é vendido nessas áreas. Em geral, o valor é de 2,5% do montante da venda e quem paga é o vendedor. Por exemplo, se alguém vende um imóvel por R$ 1 milhão, vai ter que destinar R$ 25 mil para os cofres da Igreja, sem que ela tenha participado da construção ou manutenção do imóvel.
Um exemplo interessante disso acontece em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Na região central da cidade, muitos quarteirões pertencem à Igreja. Muitos moradores só ficam sabendo dessa peculiaridade quando vão vender seus imóveis e são surpreendidos pela cobrança do laudêmio.
A origem desse pagamento remonta ao período colonial. Naquela época, fazendeiros doavam grandes áreas de terra à Igreja para garantir prestígio social e espiritual. Com o passar dos anos, mesmo com a urbanização, o domínio da Igreja sobre esses terrenos se manteve e a cobrança do laudêmio continua válida até hoje, rendendo uma quantia significativa para a instituição religiosa.
A Marinha também cobra. Você sabia?
E não para por aí. A Marinha do Brasil também cobra laudêmio por terrenos chamados de terrenos de marinha. Esses são terrenos que ficam até 33 metros da linha do mar ou de rios navegáveis. Os números são surpreendentes: estima-se que mais de 300 mil imóveis estejam nessas áreas e tenham que pagar a mesma taxa.
Você já tinha ouvido falar do laudêmio? Conhece alguém que teve que pagar essa taxa? É sempre bom trocar experiências!