Usar cartão Mastercard tem deixado as compras mais caras? Entenda!
Veja como proceder nestes casos
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) denunciou a Mastercard Brasil em razão de um suposto aumento na taxa de intercâmbio, cobrada quando cartões de crédito e de débito são utilizados para pagar despesas em supermercados. De acordo com informações prestadas pela Abras, esse aumento no valor da taxa será repassado aos consumidores, deixando mais difícil usar cartão Mastercard.
Consumidor paga mais caro por usar cartão Mastercard
Em outras palavras, o lojista ou comerciante paga essa taxa sempre que uma compra no seu estabelecimento é paga com cartão de crédito ou débito. Se o aumento for repassado aos consumidores, como já adiantou a Abras, os preços nos mercados ficarão ainda mais altos.
Veja também: 4 plataformas que possibilitam renda extra sem sair de casa: R$ 600 por mês?
Justiça quer investigação
Diante dessa situação e como resultado dessa denúncia, o Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a empresa seja investigada.
Ao mesmo tempo, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) enviou ofícios à empresa Mastercard Brasil e para o Banco Central (BC), dando conta de que iniciou o processo de investigações.
Ministro pede atenção para quem usar cartão Mastercard
Em nota, o ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou que “diante do atual cenário econômico nacional, que já vem sofrendo os reflexos da pandemia e da guerra internacional, com pressões inflacionárias, exige-se maior atenção a qualquer movimentação que leve ao aumento de preços. Principalmente por parte de empresas líderes de mercado”.
Informações a Senacon dão conta de que a Mastercard teria confirmado à Abras o aumento na taxa de intercâmbio. E justificou a medida como uma “busca de expansão do ecossistema de pagamentos eletrônicos, especialmente em transações com cartões, presencialmente ou virtualmente”.
As várias opiniões
De acordo com a Mastercard Brasil, cada forma de pagamento feita pelos consumidores dá origem a uma taxa. Por sua vez, a Senacon sustenta que a “Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus direitos econômicos, a melhoria de sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia nas relações de consumo.”
Em resumo, e com base nos pontos de vista da Abras, Senacon e Ministério da Justiça, o aumento na taxa de intercâmbio poderá ser interpretado como aumento abusivo de preço, sem uma causa justa.
A palavra da Mastercard
Por fim, em uma nota enviada ao jornal carioca O Globo, a Mastercard Brasil afirmou que a taxa será atualizada. A empresa sustentou que respeita os limites fixados pelo órgão regulador e que não recebe “nenhuma receita advinda de taxas de intercâmbio”.
Veja também: Memecoins, altcoins e stablecoins: Qual a diferença entre estes segmentos de criptomoedas?
