Trump reduz prazo para paz na Ucrânia, mas Kremlin se importa?
Trump Impõe Novo Prazo ao Kremlin e Aumenta Tensão sobre a Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou uma crescente impaciência em relação à Rússia. Durante um evento em seu resort de golfe em Turnberry, na Escócia, ao lado do primeiro-ministro britânico Keir Starmer, Trump anunciou que reduziu o prazo que havia estabelecido anteriormente para que Moscou alcançasse um acordo de paz com a Ucrânia. O novo prazo é agora de apenas 10 a 12 dias.
“Vou criar um novo prazo de cerca de 10 ou 12 dias a partir de hoje”, disse Trump a jornalistas. Ele explicou que não vê razão para ter mais paciência e enfatizou que não está vendo progresso nas negociações.
Ainda não está claro por que Trump decidiu esperar mais 10 a 12 dias antes de implementar as sanções e tarifas que ameaçou. Essa mudança de prazo levanta questões sobre sua estratégia. O presidente também fez comentários críticos a respeito da Rússia, em um tom que parece mais consistente e menos ambíguo do que em meses anteriores, quando atribuiu a culpa da guerra tanto à Ucrânia quanto a Moscou.
Trump criticou as ações do presidente russo, Vladimir Putin, afirmando que esperavam um acordo, mas que a Rússia continua a atacar cidades ucranianas. Ele reiterou a possibilidade de aplicar tarifas de 100% sobre as exportações russas,, questionando se o Kremlin se renderia às pressões.
Apesar das ameaças, a perspectiva de mudanças significativas nas táticas da Rússia parece remota. O país está determinado a alcançar seus objetivos máximos na Ucrânia, o que inclui a anexação de mais terras e a imposição de limitações severas sobre a política militar e externa da Ucrânia, buscando subjugá-la.
Os consumidores de petróleo, como a Índia e a China, são alvos prováveis de novas sanções, mas isso levanta dúvidas sobre o impacto real que essas medidas poderiam ter, dada a mínima troca comercial entre os EUA e a Rússia. Além disso, a possibilidade de uma resposta negativa em mercados globais, como um aumento nos preços do petróleo, também é uma preocupação.
Antes mesmo dos novos comentários de Trump, autoridades do Kremlin já desdenhavam de suas ameaças. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, menosprezou os prazos, referindo-se à sua instabilidade ao longo dos últimos meses.
Com o novo ultimato estabelecido, as reações em Moscou foram ainda mais desdenhosas. Um analista político russo expressou que a resposta a essas exigências será sempre a mesma: um desdém contundente e a rejeição das pressões externas.
Essa contínua tensão entre os EUA e a Rússia promete mais desafios e incertezas à medida que a situação na Ucrânia se desenrola.