Meu filho recebe o BPC, mas quero começar a trabalhar; posso?
Conheça as regras do INSS e saiba se trabalhar é uma opção quando você tem alguém na família que recebe o BPC/Loas
Conciliar o recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC) com o desejo de ingressar no mercado de trabalho pode gerar dúvidas em muitas famílias. Para quem tem filhos que recebem o benefício, a decisão de voltar a trabalhar levanta questionamentos importantes sobre a manutenção do auxílio.
O BPC é um direito garantido a pessoas com deficiência e idosos em situação de vulnerabilidade, mas é importante entender como a renda familiar pode afetar no direito de recebimento. Iniciar um novo trabalho pode alterar o cálculo de renda e, em alguns casos, suspender o benefício.
Beneficiários do BPC podem trabalhar no regime CLT?
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um auxílio destinado a pessoas com deficiência e idosos que precisam de assistência financeira e não possuem meios de conseguir a própria subsistência.
No entanto, muitos beneficiários têm dúvidas sobre as regras que regem a combinação de trabalho e recebimento do BPC. É importante entender que quem recebe esse benefício não pode trabalhar de carteira assinada, pois isso poderia comprometer a concessão do auxílio.
A lógica por trás dessa norma é proteger o objetivo do BPC, que é garantir uma renda mínima para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
Por outro lado, beneficiários do BPC podem ter rendas informais, desde que a renda per capita da família não ultrapasse 1/4 do salário mínimo, o que equivale a R$ 353 em 2024. Esta possibilidade oferece uma alternativa para que essas pessoas possam complementar sua renda sem perder o direito ao benefício.
Ter essa margem de renda é uma forma de proporcionar alguma flexibilidade para o beneficiário, permitindo que ele busque pequenas atividades que contribuam para sua manutenção, sem comprometer o valor do BPC que recebe mensalmente.
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Meu filho é um dos beneficiários, posso ter carteira assinada?
Adicionalmente, a regra se estende para os membros da família do beneficiário. Se uma pessoa na família já recebe o BPC, outros membros podem trabalhar com carteira assinada, mas a renda total per capita não pode passar do limite mencionado.
A possibilidade é uma vantagem importante, pois permite que a família tenha uma fonte de renda fixa e estável. O entendimento correto sobre essa norma é fundamental para que as famílias consigam planejar suas finanças de maneira eficaz e segura.
É indispensável lembrar que os beneficiários devem ter um controle sobre suas rendas e sobre a composição familiar. Qualquer alteração na renda familiar ou nas condições de trabalho deve ser comunicada ao INSS. Afinal, a omissão de informações pode resultar em consequências sérias.
Portanto, manter o cadastro sempre atualizado e estar atento aos limites de renda são ações essenciais para que o auxílio permaneça ativo.
Para finalizar, a combinação de um trabalho informal ou um emprego de carteira assinada com o recebimento do BPC é possível. Para isso, o beneficiário deve respeitar as condições de que tratamos acima. A busca por informações e o entendimento das regras são primordiais nesse sentido.
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