BPC: o que realmente acontece se você começar a trabalhar pela CLT enquanto recebe o benefício?
Brasileiros com direito ao BPC querem saber se podem começar a trabalhar para complementar a renda mensal
Muitas pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) se questionam sobre os efeitos de começar a trabalhar com carteira assinada.
O receio de perder o auxílio pode desmotivar quem deseja ingressar no mercado formal, mesmo com oportunidades promissoras. No entanto, é importante entender como funciona essa relação e quais são as regras envolvidas.
Apesar da preocupação com possíveis cortes no benefício, há situações em que você pode combinar o trabalho registrado e a manutenção do auxílio. Por isso, compreender os detalhes é essencial para tomar decisões com mais segurança e sem abrir mão dos direitos garantidos por lei.
Quais são as regras para acumular o BPC e um emprego?
Antes de mais nada, é fundamental saber como a lei aborda o tema de hoje e quais medidas você pode adotar para equilibrar trabalho formal e o benefício, evitando surpresas desagradáveis. Assim, confira como é possível organizar a vida financeira sem abrir mão de novas oportunidades.
Voltado para pessoas com deficiência e idosos de baixa renda, o BPC é um benefício extraordinário. Por isso, quando o beneficiário começa a trabalhar com carteira assinada, o auxílio pode ser suspenso, já que o benefício exige uma renda familiar mensal de até 1/4 do salário mínimo por pessoa.
O aumento da renda com o trabalho geralmente ultrapassa o limite. Por outro lado, existe uma exceção chamada “Auxílio-Inclusão”, criado para incentivar beneficiários do BPC a ingressarem no mercado formal sem perder completamente o suporte financeiro.
Para ter direito ao Auxílio-Inclusão, é necessário que o beneficiário tenha parado de receber o BPC e esteja trabalhando com carteira assinada, desde que o salário não ultrapasse dois salários mínimos.
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Como se planejar antes de aceitar um trabalho formal?
A criação do Auxílio-Inclusão busca equilibrar o incentivo ao trabalho formal e a proteção social para quem precisa. Assim, mesmo que o BPC seja suspenso, o beneficiário pode continuar recebendo o ‘inclusão’, garantindo uma transição mais segura para o mercado de trabalho.
Mas, antes de aceitar uma vaga registrada, é importante avaliar sua situação financeira e familiar. Consulte um assistente social ou procure informações detalhadas no INSS para verificar se você atende aos critérios do Auxílio-Inclusão. Ter acesso a esses detalhes ajuda a evitar complicações no futuro.
Outro ponto fundamental é manter seus dados no Cadastro Único atualizados, já que ele tem como intuito verificar a elegibilidade ao BPC e ao Auxílio-Inclusão. A atualização é simples e pode ser feita em um CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) próximo à sua residência.
Em resumo, trabalhar de forma formal é uma oportunidade de crescimento e estabilidade financeira, mas exige organização para manter seus direitos. Informe-se, planeje-se e aproveite as possibilidades que o mercado oferece, sem medo de comprometer seu benefício de forma desnecessária.
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