Trabalhar apenas 4 dias na semana? Nova jornada de trabalho pode virar REALIDADE no Brasil

Entenda com o modelo de trabalho pode mudar no Brasil.

Existem alguns costumes brasileiros que mesmo não sendo lei, já fazem parte da sociedade através de um código comum. Essas questões estão presentes em várias áreas do país, como por exemplo, o trabalho. 

É convencionado que os empregos de carteira assinada ofereçam duas folgas semanais para os funcionários. Isso porque de acordo com a legislação, todo trabalhador deve oferecer no mínimo um dia de descanso remunerado para o funcionário. 

Trabalhar apenas 4 dias na semana? Nova jornada de trabalho pode virar REALIDADE no Brasil
Entenda a semana reduzida – Imagem: Divulgação

Folgas no trabalho

Mesmo que para grande parte da população o domingo seja o dia escolhido para a folga do serviço, existem empresas que oferecem ainda o sábado como opção. Porém, muitas pessoas comentam sobre a possibilidade de mais um dia de descanso na semana.

Em alguns países do mundo, como é o caso da Islândia, Japão e Emirados Árabes, os trabalhadores já contam com um terceiro dia de folga. Porém, essa é uma resolução nova e vem estando em processo de tentativa de várias empresas pelo mundo. 

Essa mudança promete modificar o formato de trabalho inclusive do Brasil. Isso porque a possibilidade já vem sendo levada em consideração há alguns anos, mesmo antes da pandemia acometer o planeta. 

Isso porque de acordo com estudos, empresas que adotam o período normal de 40 horas semanais possui um maior índice de funcionários com baixo rendimento e também uma maior procrastinação entre os colaboradores. 

Um estudo ocorreu na empresa Workfront, especialista em softwares, nos Estados Unidos. Durante o ano de 2016 foi obrigado que os funcionários possuíssem cerca de 39% apenas de horas trabalhadas. Já a quantia restante, de 61% foi utilizada procrastinando de diversas maneiras.

Dessa maneira, para o consultor de carreira da ESIC Internacional, o processo de procrastinar é algo comum na vida moderna. Por esse motivo, é necessário começar a pensar em formas de melhorar a produtividade. 

Alexandre Weiler, o especialista, explica que a jornada de quatro dias de trabalho pode ser uma opção, pois nela haverá uma grande retenção de talento e um melhor combate para a saúde mental, tornando a equipe menos procrastinadora e mais eficaz. 

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Melhorias físicas 

Não é só os colaboradores que poderão se beneficiar com um dia a mais de descanso. Com horas a menos de funcionamento, os escritórios podem economizar mais em recursos administrativos. Durante o ano de 2019, a Microsoft do Japão registrou reduções significativas nos gastos com energia e também com papais depois que passaram a oferecer três dias de folga por semana. 

Este mesmo experimento mostrou que os funcionários ficaram cerca de 40% mais felizes, o que acarretou em um aumento da produtividade. 

Weiler comenta que os tempos atuais trouxeram funcionários modificados. Assim, não é possível esperar os mesmos comportamentos das pessoas do modo como ocorria há 50 anos. Por esse motivo, pensar em alternativas para evoluir junto aos funcionários é de extrema necessidade.

Realmente funciona?

Durante o ano de 2014, grandes empresas já começaram a defender esse modelo de trabalho. Porém, foi a Islândia uma das primeiras a implementar a novidade. Após um experimento que trouxe respostas positivas, o local implementou a novidade de maneira permanente sem que os salários fossem modificados. 

Já, nos Emirados Árabe, a novidade começou este ano. Toda a nação adotou o  novo modelo de trabalho. Assim, as entidades locais possuem seu expediente finalizado ao meio da sexta-feira e volta apenas na segunda-feira. 

Na Espanha está em processo de testes com opções de 32 horas semanais. Essa pesquisa irá durar três anos e manterá as remunerações dos servidores. 

Agora, no Brasil, o processo ainda pode demorar um pouco até começar a ser implementado de maneira significativa. Algumas empresas já estão testando a modalidade há algum tempo. 

Porém, esse pode ser um verdadeiro desafio para a população, pois nem todos os empregos conseguiram adotar esse modelo de maneira fácil. Porém, resta aguardar para observar quais serão as modificações. 

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