Sintomas de TDAH: como identificar se você está com déficit de atenção

O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio do neurodesenvolvimento comum, afetando muitas crianças e também persistindo em muitos casos na vida adulta. Ele é caracterizado por dificuldades em manter o foco, impulsividade e, em alguns casos, hiperatividade. Embora esses sintomas sejam frequentemente observados em crianças, muitas vezes o transtorno só é diagnosticado mais tarde.

Esse distúrbio afeta o desempenho acadêmico, social e emocional dos indivíduos, prejudicando seu desenvolvimento em diversas áreas. Os sintomas de TDAH podem variar consideravelmente, tornando o diagnóstico mais desafiador. Muitas vezes, são confundidos com outros problemas comportamentais ou emocionais.

A identificação precoce do TDAH é importante, pois o tratamento adequado pode melhorar significativamente a qualidade de vida de quem sofre do transtorno. Com o diagnóstico certo, é possível implementar terapias e intervenções que ajudam a controlar os sintomas e a melhorar o desempenho escolar e profissional.

O tratamento do TDAH pode incluir medicamentos, terapia comportamental e ajustes no ambiente escolar e profissional. É essencial entender os sinais e buscar ajuda médica para garantir o melhor acompanhamento possível.

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A identificação precoce dos sintomas de TDAH pode melhorar o prognóstico e permitir um tratamento mais eficaz para crianças e adultos – Crédito: krakenimages.com / Freepik

O que é o TDAH?

O TDAH é um distúrbio neurológico que impacta o comportamento e as funções cognitivas, particularmente a atenção e a regulação do impulso. Ele afeta indivíduos desde a infância e pode persistir até a idade adulta. O transtorno é mais comum em meninos, sendo diagnosticado em até 15% das crianças, de acordo com estudos.

Os principais sintomas do TDAH incluem dificuldade de concentração, impulsividade e, em alguns casos, hiperatividade. Essas características podem prejudicar o desempenho escolar, social e até mesmo no trabalho, afetando a vida cotidiana de quem sofre da condição. O diagnóstico é feito a partir de uma combinação de observações comportamentais e entrevistas com familiares e professores.

O TDAH é classificado em três tipos principais: desatento, hiperativo/impulsivo e combinado. Cada tipo tem uma combinação diferente de sintomas, variando de acordo com a predominância de desatenção ou impulsividade. Esses sintomas devem ser observados em mais de um ambiente para que o diagnóstico seja confirmado, já que comportamentos semelhantes podem ser ocasionais em crianças.

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Como identificar sintomas de TDAH?

Os sintomas mais comuns do TDAH incluem dificuldade em manter o foco em tarefas, como lição de casa ou jogos, e falta de atenção aos detalhes. Crianças e adultos com TDAH frequentemente esquecem compromissos ou materiais, mostram desorganização e têm dificuldades para concluir tarefas. Essas dificuldades são mais evidentes em atividades que exigem foco e paciência.

Além disso, a impulsividade é um dos sintomas principais. Indivíduos com TDAH podem interromper conversas, falar excessivamente e agir sem pensar nas consequências. Esse comportamento pode ser observado tanto em crianças como em adultos e pode causar dificuldades nos relacionamentos interpessoais.

A hiperatividade também é um sintoma notável, especialmente em crianças. Movimentação constante das mãos e pés, dificuldade para permanecer sentado e a necessidade de estar em constante atividade são sinais típicos. Em adultos, a inquietação pode se manifestar em uma sensação interna de “agitação”, dificultando a concentração e o descanso.

O que pode causar TDAH?

O TDAH não tem uma causa única, mas é amplamente influenciado por fatores genéticos. Estudos mostram que a hereditariedade desempenha um papel importante na predisposição ao transtorno. Caso um membro da família tenha TDAH, a probabilidade de outros membros apresentarem a condição aumenta significativamente.

Além dos fatores genéticos, o TDAH pode ser influenciado por fatores ambientais. Exposição a substâncias como álcool, tabaco e drogas durante a gravidez pode aumentar o risco do desenvolvimento do transtorno. Além disso, eventos traumáticos, como abuso ou negligência, também são frequentemente relacionados ao surgimento do TDAH em crianças.

Pesquisas ainda investigam outras possíveis causas, como a influência de anomalias nos neurotransmissores cerebrais. Embora haja muitos estudos sobre o impacto de fatores externos, a comunidade científica concorda que a base do transtorno está no funcionamento cerebral desde o nascimento.

Sintomas de TDAH como identificar se você está com déficit de atenção
O tratamento para o TDAH inclui medicação e terapia comportamental, com intervenções específicas para melhorar a concentração, organização e o controle de impulsos – Crédito: freepik / Freepik

Como diagnosticar uma pessoa com TDAH?

O diagnóstico de TDAH é complexo e geralmente envolve várias etapas. Médicos e psicólogos utilizam questionários comportamentais aplicados a pais, professores e, em alguns casos, ao próprio paciente. A observação direta dos sintomas, como desatenção, impulsividade e hiperatividade, também é fundamental para identificar a presença do transtorno.

Os sinais de TDAH devem ser observados em pelo menos dois ambientes distintos, como a casa e a escola, para garantir que não sejam causados por fatores específicos de uma única situação. Além disso, os sintomas precisam estar presentes por, no mínimo, seis meses e devem ser mais intensos do que o esperado para a idade da pessoa.

Embora não existam exames de laboratório para o diagnóstico, testes psicológicos podem ser utilizados para identificar outros distúrbios, como dificuldades de aprendizagem, que podem coexistir com o TDAH. É importante que o diagnóstico seja feito por um profissional qualificado, que possa avaliar todos os aspectos do comportamento e da história de vida do paciente.

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Como é o tratamento de TDAH?

O tratamento para o TDAH geralmente combina medicação e terapia comportamental. Medicamentos psicoestimulantes, como o metilfenidato, são frequentemente prescritos para melhorar a concentração e reduzir a impulsividade. Esses medicamentos ajudam a ajustar o funcionamento dos neurotransmissores no cérebro, mas seu uso deve ser monitorado devido aos efeitos colaterais.

Além da medicação, a terapia comportamental é essencial, principalmente para ajudar crianças e adultos a desenvolverem estratégias para lidar com a desatenção e a impulsividade. Técnicas de modificação comportamental e terapia cognitivo-comportamental são comumente usadas para ensinar habilidades organizacionais e de autocontrole.

As adaptações no ambiente escolar ou profissional também fazem parte do tratamento. O planejamento de tarefas, o aumento do tempo para a execução de atividades e a criação de ambientes mais estruturados ajudam a melhorar o desempenho de pessoas com TDAH. Essas intervenções devem ser personalizadas de acordo com as necessidades do indivíduo.

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