Senado Federal toma decisão que afeta salário mínimo ainda em 2022; trabalhadores recebem aumento?

As mudanças são importantes para os trabalhadores.

O salário mínimo foi promulgado esta semana pelo presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco. Por ter sido lançado como Medida Provisória (MP), o valor mínimo  precisa ser promulgado para ser fixo. Isso quer dizer que os trabalhadores continuam tendo como base os R$ 1.212 até o final do ano.

De acordo com o Senado Federal, a promulgação não altera a remuneração. Os pagamentos que o trabalhador recebe hoje continuarão os mesmos. O Congresso apenas mudou a  estrutura da lei, fixando o mínimo.

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O que diz a lei sobre a promulgação salário mínimo

Segundo as regras legislativas, uma Medida Provisória não precisa da aprovação do Congresso para entrar em vigor. Ela já tem força de lei, validando o projeto assim que são publicados. No caso do salário isso ocorreu em janeiro de 2022.

A promulgação apenas fixa o mínimo de R$ 1.212, garantindo os repasses até o final deste ano. Esse valor apenas será alterado quando sofrer um novo reajuste no próximo ano. Assim como ano anteriores, em 2023, o aumento salarial levará em consideração apenas a inflação.

Desde os anos de 2021 e 2022, o Governo Federal oferece reajuste tendo como base a inflação. Ou seja, é uma reposição dos índices inflacionários. Para o salário de 2022, o reajuste foi de 10,18%, sem aumento real.

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Discrepância entre reajuste do salário mínimo e de itens essenciais

Quem recebe o mínimo de R$ 1.212, como uma boa parte dos aposentados e quem é beneficiário do BPC, percebe mais facilmente o quanto o salário está defasado.

Quando comparado o reajuste de produtos essenciais, como botijão de gás de 13 quilos que teve aumento de 13%, é possível notar a desvalorização. Os alimentos também foram reajustados acima da inflação.

Salário X Cesta básica

Segundo informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a cesta básica em São Paulo e no resto do Brasil apresentou um aumento significativo.

Conforme demonstra a pesquisa, em São Paulo, para comprar uma cesta básica com 39 itens, o paulista gasta em média R$ 1.209. Isso quer dizer que quem recebe apenas R$ 1.212 fica apenas com R$ 2,29 para as demais despesas: conta de água, energia, aluguel, entre outros.

Para reduzir essa injustiça, a  esperança de muitos brasileiros é de que em 2023, o governo federal ofereça aumento real aos trabalhadores para que possam ter poder de compra e consigam pagar as suas contas básicas.

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