Saque-Aniversário do FGTS muda: o que acontece com seu crédito e futuro

Novas regras apertam o cerco na antecipação do Saque-Aniversário. Entenda como as limitações afetam o seu acesso a crédito e o que muda na prática a partir de agora.

Se você utiliza o Saque-Aniversário do FGTS ou já pensou em antecipar esse dinheiro, é hora de prestar muita atenção. O governo federal decidiu apertar as regras dessa modalidade de crédito, e as mudanças são significativas.

A partir de agora, o processo de antecipação do Saque-Aniversário — que funciona como um empréstimo onde o banco usa seu saldo do FGTS como garantia — ficou bem mais restrito.

Essa medida tem um objetivo claro: proteger o saldo do trabalhador no Fundo de Garantia. O governo percebeu que muitas pessoas estavam comprometendo o dinheiro por muitos anos à frente, muitas vezes com taxas de juros que não eram tão vantajosas.

O impacto disso vai direto no seu planejamento financeiro e, principalmente, no seu acesso ao crédito. O que antes era uma fonte fácil de dinheiro, agora exige mais cautela e espera. Informações inacreditáveis como estas, você encontra somente aqui.

Limites drásticos na antecipação

As novas regras, que entraram em vigor neste mês de novembro de 2025, impõem limites claros sobre o quanto e em quanto tempo você pode antecipar do seu Saque-Aniversário.

Antes, era comum ver ofertas para antecipar até dez parcelas anuais. Isso significava comprometer o seu saldo do FGTS por uma década!

A partir de agora, essa realidade muda. No primeiro ano de vigência da nova regra (de novembro de 2025 a novembro de 2026), o trabalhador só poderá antecipar, no máximo, cinco parcelas do seu saque.

E depois desse período de transição? O limite cairá para apenas três parcelas anuais. Ou seja, você poderá antecipar o Saque-Aniversário de no máximo três anos seguintes.

Essa mudança de dez para três antecipações é a mais impactante, pois reduz drasticamente a quantia total que pode ser levantada via empréstimo.

O teto de valor e a nova carência

Além da redução no número de parcelas, o governo impôs um teto para o valor de cada saque anual que pode ser antecipado.

Cada parcela anual antecipada deverá ter o valor máximo de R$ 500,00. O valor mínimo para a operação continua sendo R$ 100,00.

Com o limite de cinco parcelas no primeiro ano, o valor total máximo que você pode antecipar é de R$ 2.500,00. Depois, com o limite de três parcelas, o valor máximo cai para R$ 1.500,00.

Outra novidade é a carência de 90 dias. Se você acabou de aderir à modalidade do Saque-Aniversário, terá que esperar três meses antes de poder procurar um banco para fazer a primeira antecipação.

Para completar, só será permitida uma operação de antecipação por ano. Não será mais possível fazer um empréstimo em janeiro e outro em dezembro do mesmo ano.

O grande risco que continua

É fundamental lembrar que as novas regras se aplicam apenas à antecipação (o empréstimo) e não à modalidade do Saque-Aniversário em si.

Ao optar pelo Saque-Aniversário, o trabalhador abre mão do direito de sacar o saldo integral do FGTS em caso de demissão sem justa causa.

Em caso de dispensa, ele só tem direito a receber a multa rescisória de 40%. O restante do saldo permanece bloqueado e só será liberado anualmente, no mês do seu aniversário.

Se você antecipou parcelas do saque e for demitido, o saldo que ficou bloqueado para garantir o empréstimo não poderá ser sacado de forma integral. Ele só será liberado para o banco nas datas anuais.

Tudo sobre o Brasil e o mundo aqui. Por isso, a modalidade exige um planejamento de longo prazo, pois ela pode comprometer sua reserva em momentos de imprevistos como o desemprego.

Quem já antecipou não será afetado

É importante dar um respiro para quem já tem contratos de antecipação ativos. Se você contratou a antecipação antes de novembro de 2025, nada muda no seu contrato.

As novas regras valem somente para os novos contratos ou para as novas antecipações feitas a partir desta data.

Se você já tinha dez parcelas antecipadas, por exemplo, o seu empréstimo e as parcelas continuam valendo conforme o acordo original.

Com as novas limitações, o governo espera que o dinheiro do FGTS permaneça mais tempo no Fundo, garantindo uma reserva maior para o trabalhador em situações de necessidade.