Sangue RARO é identificado em brasileiros: saiba mais sobre essa POLÊMICA

Três brasileiros possuem um sangue considerado raro; conheça suas características e entenda a importância de ser doador.

Aqueles que pensam que os tipos sanguíneos se resumem a A, B, AB e O, positivos e negativos estão definitivamente enganados. Embora sejam as tipagens do sistema conhecido como ABO e, de fato, são as mais comuns e, consequentemente, as mais conhecidas pela população em geral, há muito mais do que isso.

E não estamos falando de achismos. Trata-se de uma pesquisa feita pela Sociedade Internacional de Transfusão Sanguínea (ISBT, na sigla em inglês), que já conseguiu identificar ao menos 43 sistemas que descrevem mais de 373 antígenos sanguíneos diferentes. Esse número, no entanto, não é definitivo. Sua diferenciação está, sobretudo, nas proteínas que o compõem. Saiba mais a seguir.

Você sabe qual o seu tipo sanguíneo? Ele pode ser raro. (Foto: Divulgação)

Sangue raro é descoberto

Diversos são os antígenos já conhecidos e, dentre eles, alguns são extremamente raros. É o caso, por exemplo, do kell-null, também chamado de sangue com fenótipo Bombaim. A princípio, este tipo de fenótipo é encontrado em maior número na população de países como Reino Unido, Finlândia e Japão.

De acordo com o Cadastro Nacional de Sangue Raro (CNSR), gerenciado pelo Ministério da Saúde do Brasil, por aqui, existem apenas três pessoas portadoras desse tipo sanguíneo cadastradas no sistema. O cadastro surgiu como a base para o registro da quantidade de doadores de sangue considerado raro nos hemocentros públicos brasileiros. E, dessa forma, atua para conseguir localizá-los caso haja a necessidade de doação.

Ao se tratar do fenótipo Bombaim, sua raridade se justifica já que não possui o antígeno H nas células vermelhas do sangue. Dessa forma, pacientes com esse tipo de “modificação” nas células sanguíneas só podem receber doação de pessoas que tenham o mesmo tipo de sangue, e ainda, que possua a mesma “modificação”.

Esse grupo sanguíneo – também chamado de “falso O” – não apresenta nenhum antígeno ABO em sua composição, e nem H.

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Como identificar um sangue raro?

Todo sangue doado nos hemocentros brasileiros passa por uma análise detalhada. E é justamente através desta análise que suas características são levantadas. Somente depois de toda averiguação, descrevendo por completo as características deste sangue doado (quais suas proteínas, carboidratos, anticorpos e fenotipagem), é que ele será encaminhado para a transfusão. A saber, todo esse processo leva aproximadamente de 24 horas.

Doe sangue!

Acredite se quiser: uma única doação de sangue pode ajudar a salvar até quatro vidas. Por isso, sua tamanha importância – e necessidade. De acordo com o Ministério da Saúde, as bolsas são direcionadas à determinados pacientes, sobretudo aos que passam por intervenções médicas de grande porte e complexidade, como por exemplo:

  • Transfusões;
  • Transplantes;
  • Procedimentos oncológicos; e
  • Demais cirurgias.

Além disso, o sangue doado também pode ajudar na recuperação de pacientes com doenças crônicas graves — como é o caso da Doença Falciforme e Talassemia.

Diante disso, além de manter o estoque suficiente para atender a todos os pacientes que precisam, quanto mais pessoas estiverem dispostas a serem doadoras, maior a possibilidade de ajudar outras pessoas, assim como também maior será a probabilidade de encontrar pessoas com esses fenótipos raros. Afinal, eles também precisam. Logo, quanto maior o número de pessoas com sangue raro descobertas, maior também serão as chances de o paciente com essa peculiaridade – e que esteja precisando – se salvar.

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