O que é o salário mínimo IDEAL? Dieese anuncia R$ 6.388,55!

Salário mínimo tem reajustes. Leia mais.

Hoje em dia, milhões de trabalhadores brasileiros recebem como remuneração salarial um salário mínimo. Além disso, milhões de segurados do INSS, que são beneficiários de aposentadorias, pensões, auxílios, demais benefícios previdenciários e de benefícios assistenciais, como é o caso do Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), também. De acordo com os últimos dados, por exemplo, o INSS possui mais de 36 milhões de segurados e, desse número, aproximadamente 60% recebem a quantia de um salário mínimo.

Atualmente, o salário mínimo se encontra no valor de R$ 1.212. Na teoria, o salário mínimo representa a quantia mínima que uma pessoa deve ganhar para conseguir cobrir as contas básicas e, assim, conseguir viver. No entanto, pode ser uma sensação comum a muitos cidadãos de que o valor não está conseguindo dar conta pagar todas as contas necessárias. Essa sensação é, na verdade, justificativa por meio de uma análise feita pela Dieese, que propõe um salário mínimo em uma quantia bem maior do que a atual.

O que é o salário mínimo IDEAL? Dieese anuncia R$ 6.388,55!
Valor do salário mínimo tem reajuste, mas não chega próximo do ideal / Imagem: @jeanedeoliveirafotografia / pronatec.pro.br

Salário mínimo: valor definido pela Dieese

Antes de mais nada, é importante destacar que a Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico) é uma instituição responsável por promover várias pesquisas a respeito de questões socioeconômicas que afetam o povo brasileiro. Neste sentido, todos os anos o Departamento lança um novo estudo, no qual se determina qual seria o valor ideal de salário mínimo para uma família no país.

Vale a pena lembrar que o valor “ideal” não significa, necessariamente, que será a quantia paga na prática. Isso ocorre porque, atualmente, o salário mínimo está fixado em R$ 1.212 mas, de acordo com o último estudo da Dieese, ele deveria ser de R$ 6.388,55. O estudo foi feito com base na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, referente ao mês de julho deste ano. Além disso, ela foi feita levando em consideração uma família composta por 4 membros.

No estudo, também considera-se que a família, com esse valor, seria capaz de suprir as necessidades de alimentação, saúde, moradia, higiene, educação, lazer, transporte e previdência. Ainda, a pesquisa é feita a partir da cesta básica mais cara do país. Sendo que, em julho, a capital São Paulo foi o município em que ela estava mais cara. Conforme a Dieese, o trabalhador que recebe um salário mínimo teve que comprometer quase 60% da sua renda para adquirir a cesta.

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Aumento no ano que vem

Todos os anos, o salário mínimo acaba passando por um acréscimo Esse aumento possui o objetivo de não deixar com que os trabalhadores percam o poder de compra. Isso quando se compara o valor do salário com a inflação. Todavia, no próximo ano, a quantia que está sendo analisada não passa nem próxima daquela que seria ideal, conforme o Departamento.

Neste sentido, o reajuste não acontece de forma aleatório, mas se baseia no Índice Nacional de Preços ao Consumidores (INPC). Esse índice oferece informações importantes sobre o poder de compra dos brasileiros. Assim, conforme o texto da proposta de orçamento para 2023, o valor poderá ser de R$ 1.312.

Entretanto, houve uma nova previsão do Índice, que recuou da época em que o texto foi enviado até hoje. Dessa maneira, é possível que haja uma redução dessa estimativa do salário mínimo. Logo, pode ser que o salário passe para R$ 1.291 aproximadamente.

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