PIX corre risco? Entenda POLÊMICA envolvendo a principal forma de pagamento digital no Brasil
Saiba mais sobre a ‘polêmica do PIX’ e descubra se essa modalidade de pagamento tão famosa corre perigo
Nos últimos dias, muitos rumores e informações distorcidas sobre o Pix vêm circulando nas redes sociais. Algumas dessas mensagens confundem os usuários, principalmente em relação a mudanças nas regras e possíveis cobranças de impostos.
O debate sobre o assunto ganhou força após declarações falsas e até vídeos manipulados, utilizando tecnologia de inteligência artificial, serem divulgados. Em um deles, atribuem palavras ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre supostos tributos no Pix e até cobranças para animais de estimação.
O próprio ministro precisou desmentir publicamente tais boatos. Por isso, é essencial compreender como as novas regras da Receita Federal afetam as transações financeiras e o que elas realmente significam para os usuários da plataforma.
Novas obrigações para as instituições financeiras
As novas diretrizes da Receita Federal, publicadas no ano passado, trazem uma obrigação acessória às instituições financeiras.
Agora, bancos e outras empresas que lidam com movimentações financeiras devem reportar transações acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas. Essas informações precisam “chegar aos ouvidos” da Receita semestralmente, nos meses de agosto e fevereiro.
Esse tipo de controle já existia para cartões de crédito por meio da Declaração de Operações com Cartão de Crédito (Decred).
Agora, a novidade é a inclusão do Pix e outros meios de pagamento na lista de movimentações monitoradas. A Receita reforça que o objetivo é identificar possíveis irregularidades e não alterar as obrigações fiscais dos cidadãos.
A fiscalização, portanto, não exige que os usuários do Pix façam declarações adicionais. A responsabilidade recai sobre as instituições financeiras, que devem consolidar as informações e transmiti-las ao Fisco.
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O que usuários do PIX precisam ficar sabendo?
Para quem utiliza o Pix regularmente, recomendamos manter cuidados básicos na formalização das operações financeiras. Exemplo: evitar emprestar contas ou cartões para terceiros pode prevenir riscos futuros, como cair na malha fina da Receita.
Assim, transações frequentes ou de alto valor em contas que não condizem com a renda declarada podem ser motivo para o Fisco avaliar de perto o que está acontecendo.
Segundo especialistas, situações como o empréstimo de contas ou movimentações incompatíveis podem ser justificadas em processos administrativos, caso sejam notificadas. O prazo para correções em declarações é de até cinco anos, assim como ocorre com o Imposto de Renda.
Por fim, a Receita Federal esclareceu que não haverá cobrança de impostos diretamente sobre o Pix. Essa modalidade de pagamento fica isenta de tributação, uma vez que a Constituição proíbe a criação de impostos sobre movimentação financeira.
A chegada de novas tecnologias, como o Drex, moeda digital brasileira, intensificará o monitoramento das operações financeiras. Com isso, especialistas destacam a necessidade dos brasileiros de ficarem atentos sobre as novidades.
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