O pagamento retroativo do Bolsa Família cai JUNTO com a parcela do mês ou tenho que ir na Caixa?
Uma dúvida frequente de beneficiários do Bolsa Família é se, ao voltarem a receber o benefício, os retroativos caem junto com a parcela vigente.
O Bolsa Família garante uma renda mínima para milhões de famílias em situação de vulnerabilidade, que podem se prejudicar quando o pagamento não cai.
No entanto, há casos em que o benefício para de ser entregue por pendências cadastrais ou outros motivos, deixando os beneficiários em dúvida sobre como proceder para regularizar a situação e, principalmente, sobre como funcionam os pagamentos retroativos.
Após o desbloqueio, muitas pessoas se perguntam se os valores em atraso acabam caindo na conta automaticamente junto com a parcela atual. E é aí que muitos acabam não recebendo todas as suas pendências.
Como desbloquear o Bolsa Família?
Primeiramente, o desbloqueio do Bolsa Família exige que o beneficiário resolva as pendências que levaram ao bloqueio. Saiba como desbloquear o benefício:
- Verifique a causa do bloqueio: O primeiro passo é entender o motivo pelo qual o MDS bloqueou o Bolsa Família. Para isso, basta acessar o aplicativo Caixa Tem ou entrar em contato com o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) mais próximo.
- Atualize o Cadastro Único (CadÚnico): Se o bloqueio ocorreu devido a dados desatualizados no CadÚnico, é necessário comparecer ao CRAS com a documentação da família para atualizar as informações.
- Leve os documentos necessários:
- RG e CPF de todos os membros da família.
- Certidão de nascimento ou casamento.
- Comprovante de residência atualizado.
- Carteira de trabalho, se aplicável.
- Declaração de matrícula escolar, se houver crianças ou adolescentes na família.
- Solicite o desbloqueio no CRAS: Com os dados atualizados, solicite o desbloqueio do Bolsa Família. O prazo de análise pode variar, mas, geralmente, o benefício volta ao normal no mês seguinte, caso o beneficiário atualize antes do fechamento da folha de pagamento.
- Acompanhe o processo: Além disso, monitore o status do benefício pelo aplicativo Caixa Tem ou diretamente no CRAS para confirmar o desbloqueio e verificar se há pendências adicionais.
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Quando desbloquear, as parcelas retroativas caem junto com a atual?
Após o desbloqueio do Bolsa Família, as parcelas retroativas não costumam cair automaticamente junto com a parcela do mês atual.
Ao contrário do que muitos acreditam, o aplicativo Caixa Tem não notifica os beneficiários de que esses valores estão disponíveis.
Ou seja, isso significa que, após o desbloqueio, é necessário tomar algumas medidas para garantir o recebimento das parcelas atrasadas.
Dessa forma, as parcelas retroativas, que correspondem ao período em que o benefício ficou bloqueado, precisam ser solicitadas diretamente em uma agência da Caixa Econômica Federal.
Para isso, o beneficiário deve comparecer à agência com um documento oficial com foto, como RG ou carteira de motorista.
Em algumas cidades, a Caixa pode exigir, além do documento original, uma cópia em xerox para realizar o processo de liberação dos valores.
Ao comparecer à agência, o atendente verificará se há valores retroativos a serem pagos e, em seguida, efetuará a liberação para saque.
Por fim, é importante lembrar que, em casos de desbloqueio, o beneficiário pode ter direito a receber todas as parcelas acumuladas de uma vez, referentes ao período de bloqueio.
MP pede suspensão do Bolsa Família para quem apostar em jogos de azar
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou a suspensão dos benefícios sociais, como o Bolsa Família, para pessoas que utilizarem os recursos em jogos de azar.
A recomendação foi enviada ao presidente do TCU, Bruno Dantas, sugerindo ainda que o uso do cartão do benefício em sites de apostas seja considerado ilegal.
Um estudo do Banco Central, solicitado pelo senador Omar Aziz, revelou que beneficiários do Bolsa Família transferiram R$ 3 bilhões para empresas de apostas via Pix em agosto.
A média gasta pelos beneficiários foi de R$ 100, com 70% dos apostadores sendo chefes de família, responsáveis pelo recebimento do benefício.
O subprocurador Lucas Furtado expressou indignação com os dados, ressaltando que os recursos dos benefícios sociais vêm dos tributos pagos pela sociedade e devem ser destinados às necessidades básicas, não ao jogo.