Restituição INSS: como saber se você tem direito e como solicitar
Restituição INSS pode ser feita por quem pagou a mais ou sofreu desconto errado. Saiba como identificar os erros e solicitar o valor de volta.
Durante anos de contribuição ao INSS, muitas pessoas nem percebem que pagaram mais do que deviam. Isso pode acontecer por motivos simples, como códigos preenchidos de forma errada ou pagamentos duplicados. Quando isso ocorre, o trabalhador pode solicitar o valor de volta sem sair de casa.
Além disso, existem casos em que o INSS realiza descontos automáticos no benefício, como os associados a entidades. Quando esses descontos acontecem sem autorização, o cidadão tem o direito de contestar e receber o valor de volta. Para isso, é necessário seguir um procedimento digital bem acessível.
Outro ponto que merece atenção envolve quem trabalha com carteira assinada em mais de um lugar. Se a soma dos salários ultrapassa o teto de contribuição, os valores acima desse limite não são considerados para fins de aposentadoria. Por essa razão, é possível pedir a restituição da quantia paga a mais.
Por fim, muitas pessoas fazem pagamentos ao INSS mesmo sem exercer atividade remunerada. Isso também pode gerar restituição, pois a contribuição só é válida quando há vínculo profissional. Por isso, quem contribuiu sem necessidade deve verificar se tem direito à devolução.

Restituição INSS: o que você precisa saber
Quem pode pedir a restituição INSS?
A saber, qualquer pessoa que pagou ao INSS além do necessário pode solicitar a restituição. Isso vale para situações em que o contribuinte fez dois pagamentos para o mesmo mês ou usou códigos errados. Nesses casos, o sistema não reconhece o pagamento de forma correta, o que gera o direito de pedir o dinheiro de volta.
Além disso, é possível recuperar valores descontados por associações sem autorização. Esses valores aparecem no extrato do benefício e, muitas vezes, passam despercebidos. No entanto, se você notar algo estranho, deve agir rapidamente. O aplicativo Meu INSS permite resolver esse tipo de problema de maneira simples.
Ademais, também tem direito à restituição quem contribuiu acima do teto do INSS. Se você trabalha em dois empregos, isso pode acontecer sem que perceba. Ao somar os rendimentos, o valor total pode ultrapassar o limite permitido. Nesse caso, o excesso pode ser devolvido, com correção.
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Como descobrir se você pagou a mais?
Para descobrir se existe valor a restituir, o ideal é acompanhar seus registros no portal Meu INSS ou no site do e-CAC. Esses canais mostram os pagamentos feitos e revelam possíveis duplicidades ou códigos incorretos. Com isso, fica mais fácil identificar onde houve erro.
Outro ponto importante é revisar sua folha de pagamento e os extratos de contribuição. Se você encontra valores diferentes ou repetidos, já pode reunir os documentos. Ter essas informações em mãos agiliza o pedido e reduz o tempo de espera pela devolução.
Não espere aparecer um problema para fazer essa verificação. Adotar esse hábito evita prejuízos futuros. Além disso, você consegue corrigir falhas antes que elas se acumulem e fiquem mais difíceis de resolver.
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Como solicitar a restituição INSS?
Para solicitar a devolução, acesse o portal e-CAC da Receita Federal. Faça login com sua conta Gov.br e selecione o serviço Perdcomp Web. Depois, escolha “contribuição previdenciária indevida ou a maior” e preencha os dados solicitados. Esse processo garante que seu pedido siga os trâmites oficiais.
Se o caso envolver descontos associativos sem permissão, o pedido pode ser feito diretamente pelo aplicativo Meu INSS. Basta acessar a aba “Descontos de entidades” e informar que o valor não foi autorizado. O sistema registra o pedido e inicia a devolução automaticamente.
Quem não tem acesso à internet também pode ligar para o número 135. O atendimento funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h. Além disso, familiares de pessoas falecidas podem agendar um atendimento presencial para solicitar a restituição como herdeiros.
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Qual o prazo para pedir a restituição INSS?

Você tem até cinco anos para fazer o pedido, contando a partir da data do pagamento indevido. Passado esse prazo, o valor prescreve. Por isso, é importante agir rápido assim que identificar qualquer erro. Quanto mais cedo você formaliza o pedido, maiores são as chances de sucesso.
No caso de descontos não autorizados por associações, também é necessário respeitar esse prazo. Além disso, quanto mais recente for o erro, mais fácil será comprová-lo com documentos. Dessa forma, o processo fica mais simples e a devolução acontece de forma mais rápida.
Se não houver acordo por meios administrativos, você pode recorrer à Justiça. No entanto, essa etapa costuma demorar mais. Por isso, vale a pena resolver primeiro nos canais digitais do INSS ou da Receita Federal. Esses canais são confiáveis, gratuitos e acessíveis para todos.
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