Rendimento do FGTS: saiba quanto seu dinheiro está rendendo em 2025
O rendimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço passou por uma atualização significativa a partir de 2025. A decisão do Supremo Tribunal Federal determinou que os valores depositados nas contas vinculadas devem ser corrigidos, no mínimo, pela inflação. A medida visa preservar o poder de compra dos trabalhadores e garantir maior transparência na gestão dos recursos.
Até então, o FGTS era corrigido por uma taxa fixa de 3% ao ano somada à Taxa Referencial, geralmente próxima de zero. Essa combinação resultava em uma rentabilidade inferior à de aplicações conservadoras como a poupança. Com a mudança, o rendimento passa a ter um novo patamar, mais alinhado ao cenário econômico real.
A alteração tem impacto direto na vida de mais de 132 milhões de pessoas com contas ativas ou inativas no FGTS. A expectativa do governo e de especialistas é que a nova regra aumente o retorno anual e reduza perdas acumuladas ao longo dos anos. O valor acumulado deve ser superior ao da média histórica observada anteriormente.
A decisão também muda o cenário comparativo com outras formas de investimento. Com rendimento mínimo atrelado ao IPCA, o fundo pode ultrapassar a rentabilidade de aplicações como a poupança, tornando-se uma opção mais segura para quem mantém o dinheiro na conta.

Índice – Rendimento do FGTS
- O que é o rendimento do FGTS?
- Como funciona o cálculo do rendimento do FGTS?
- Qual é o rendimento do FGTS em 2025?
- Como consultar o rendimento do seu FGTS
- Rendimento do FGTS x Poupança: qual compensa mais?
- Quando o rendimento do FGTS é creditado na conta?
- Vale a pena deixar o dinheiro no FGTS ou investir?
- Como sacar o rendimento acumulado do FGTS?
O que é o rendimento do FGTS?
O rendimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço corresponde à atualização do valor disponível nas contas vinculadas dos trabalhadores com base em juros e correções monetárias. Esse retorno financeiro é aplicado sobre os depósitos mensais obrigatórios feitos pelos empregadores.
Criado para proteger trabalhadores demitidos sem justa causa, o FGTS também se transformou em uma forma de poupança forçada. Ao longo dos anos, o governo passou a incorporar medidas que aumentam sua rentabilidade, incluindo a distribuição de lucros obtidos com aplicações do fundo.
O rendimento é composto por uma taxa fixa de 3% ao ano e pela variação da Taxa Referencial (TR), além de possíveis lucros extraordinários definidos anualmente pelo Conselho Curador. Desde 2025, novas regras entraram em vigor após uma decisão do Supremo Tribunal Federal.
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Como funciona o cálculo do rendimento do FGTS?
O rendimento do FGTS é calculado com base em três componentes. O primeiro é a taxa fixa de 3% ao ano, prevista em lei. O segundo é a TR, que, apesar de geralmente próxima de zero, também é aplicada mensalmente sobre o saldo das contas. O terceiro fator é a distribuição de lucros, definida anualmente.
Essa última parte considera o resultado operacional do fundo, ou seja, a diferença entre receitas e despesas. Quando há superávit, parte dos ganhos é repassada proporcionalmente aos trabalhadores que tinham saldo em conta no dia 31 de dezembro do ano anterior.
O percentual do superávit a ser distribuído varia conforme decisão do Conselho Curador do FGTS. Em 2022, por exemplo, foram repassados 99% do lucro registrado. Em 2021, o percentual foi de 96%.
Qual é o rendimento do FGTS em 2025?
A partir de 2025, o rendimento do FGTS passou a seguir uma nova regra aprovada pelo Supremo Tribunal Federal. De acordo com a decisão, o saldo das contas deve, obrigatoriamente, acompanhar a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Isso significa que, se a soma entre os juros de 3% ao ano, a TR e a distribuição de lucros não alcançar o valor do IPCA acumulado no período, uma compensação será feita. O Conselho Curador será responsável por definir como essa diferença será reposta.
A expectativa para 2025 é de que o rendimento do FGTS se aproxime de 6,17% ao ano, valor semelhante ao retorno da caderneta de poupança. Essa atualização busca garantir o poder de compra dos trabalhadores, mesmo em cenários de inflação elevada.
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Como consultar o rendimento do seu FGTS
A consulta ao rendimento acumulado pode ser feita gratuitamente por diferentes canais. O mais utilizado é o aplicativo FGTS, disponível para sistemas Android e iOS. Por meio dele, o trabalhador visualiza saldos, extratos e datas de crédito.
Também é possível fazer a consulta pelo site da Caixa Econômica Federal (caixa.gov.br), onde o acesso se dá com login e senha. Para quem prefere atendimento presencial, todas as agências da Caixa estão aptas a fornecer essas informações mediante apresentação de documentos pessoais.
Em todos os casos, é necessário informar o NIS (Número de Identificação Social) ou CPF, além de cadastrar uma senha de acesso. O sistema é seguro e atualizado com frequência.

Rendimento do FGTS x Poupança: qual compensa mais?
Historicamente, o FGTS rendia menos que a poupança. A taxa de 3% ao ano, somada a uma TR quase nula, não conseguia acompanhar a inflação. Já a poupança, atrelada à taxa Selic, costuma render 6,17% ao ano em contextos com juros elevados.
Com a nova regra em vigor desde 2025, o cenário mudou. Agora, o rendimento do FGTS é reajustado para garantir, no mínimo, a variação do IPCA. Isso significa que, dependendo do índice inflacionário do ano, o fundo pode igualar ou até superar a rentabilidade da poupança.
Apesar dessa mudança, a principal função do FGTS continua sendo a proteção do trabalhador. Por isso, mesmo com a nova fórmula de rendimento, sua liquidez ainda é limitada se comparada aos investimentos convencionais.
Quando o rendimento do FGTS é creditado na conta?
Tradicionalmente, os lucros do FGTS são distribuídos no segundo semestre. O Conselho Curador define o percentual em reunião realizada em julho, e os valores são creditados até o dia 31 de agosto, segundo cronograma da Caixa Econômica Federal.
Já os rendimentos fixos, compostos pelos 3% anuais e a TR, são incorporados mensalmente ao saldo da conta. Isso significa que o trabalhador pode acompanhar o crescimento do valor ao longo do ano diretamente no extrato.
As datas de crédito podem variar conforme o calendário definido a cada exercício. No entanto, a Caixa costuma divulgar antecipadamente os prazos para facilitar o planejamento financeiro dos trabalhadores.
Vale a pena deixar o dinheiro no FGTS ou investir?
Apesar da atualização das regras, o FGTS não é um investimento no sentido clássico. Ele é uma ferramenta de proteção, com acesso restrito e rentabilidade geralmente inferior à de produtos como CDBs, LCIs, LCAs ou fundos de renda fixa.
Por isso, deixar o dinheiro no FGTS pode ser vantajoso para quem não tem disciplina financeira ou precisa manter uma reserva de segurança. Já trabalhadores que possuem perfil investidor e preferem maior rendimento podem optar por alternativas no mercado financeiro.
A decisão sobre sacar ou não o valor disponível deve considerar o objetivo, o momento econômico e o perfil de cada trabalhador. O mais importante é entender que a nova regra visa apenas preservar o valor do dinheiro frente à inflação.
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Como sacar o rendimento acumulado do FGTS?
O rendimento acumulado do FGTS não pode ser retirado de forma isolada. Ele é incorporado ao saldo total da conta vinculada, e só pode ser acessado em situações previstas em lei, como demissão sem justa causa, aposentadoria, compra de imóvel e saque-aniversário.
Quem opta pelo saque-aniversário pode retirar anualmente uma parte do saldo, incluindo os rendimentos. Essa modalidade também permite antecipações via instituições financeiras conveniadas com a Caixa.
A solicitação de saque pode ser feita pelo aplicativo FGTS, pelo site oficial ou diretamente nas agências. É necessário ter os dados cadastrais atualizados e, em alguns casos, apresentar documentos que comprovem o direito ao saque.