Enquanto Brasil quer proibir celulares nas escolas, Austrália deve acabar com redes sociais para menores de idade; podemos seguir o mesmo caminho?

Decisão inédita do governo australiano chamou a atenção do mundo inteiro, ampliando os debates sobre o uso de redes sociais

As discussões sobre o uso de redes sociais por crianças e adolescentes ganhou força em diversos países nos últimos tempos. A preocupação com a exposição precoce ao ambiente digital e seus riscos motiva governos a buscar soluções que protejam os mais jovens.

Recentemente, a Austrália tomou uma decisão que chamou atenção ao redor do mundo. Afinal, medidas que regulam o acesso a plataformas digitais estão sempre em debate, mas poucas avançam de forma tão incisiva.

Sendo assim, o país está prestes a implementar uma proibição que restringe o uso de redes sociais por menores de 16 anos, colocando o tema em destaque global. Confira os detalhes!

Enquanto Brasil quer proibir celulares nas escolas, Austrália deve acabar com redes sociais para menores de idade; podemos seguir o mesmo caminho?
Austrália cria nova lei que proíbe uso de redes sociais para jovens que têm menos de 16 anos de idade! Foto: Reprodução / Pixabay

Regras mais rígidas para proteger crianças das redes sociais

Com a nova legislação, o foco está em criar um ambiente digital mais seguro para os adolescentes. A iniciativa, aprovada tanto no Senado quanto na Câmara dos Representantes, agora segue para os últimos ajustes antes de entrar em vigor.

O projeto aprovado pelo Senado australiano estabelece que plataformas como TikTok, Facebook, Instagram, Snapchat, Reddit e X devem impedir menores de 16 anos de criar contas.

A responsabilidade pelo cumprimento da regra será das próprias redes sociais, que terão um ano para adaptar seus sistemas antes que as penalidades comecem a ser aplicadas.

Ademais, as multas previstas são altas, chegando a 50 milhões de dólares australianos (cerca de R$ 194 milhões), em casos de falhas sistêmicas. Dessa forma, a lei força as empresas a investirem em mecanismos mais robustos de verificação, o que pode incluir tecnologias de reconhecimento facial ou outras soluções.

Portanto, o movimento representa um marco na história do mundo moderno, já que nenhuma outra nação implementou regras tão específicas e abrangentes para limitar o uso de redes sociais por adolescentes. A iniciativa australiana pode, inclusive, inspirar outros países a adotarem medidas parecidas.

O futuro do acesso digital para adolescentes está em jogo

Embora a lei ainda esteja em seus estágios iniciais, a aprovação nas duas casas legislativas indica que a Austrália está determinada a colocar o bem-estar das crianças em primeiro plano.

Em resumo, a Câmara dos Representantes já aprovou o projeto por ampla maioria, e agora cabe ao Senado finalizar as alterações antes da sanção.

Diante da proibição, o debate sobre o equilíbrio entre liberdade digital e proteção dos jovens ganha novas perspectivas e horizontes no mundo inteiro.

Os críticos argumentam que a lei pode ser difícil de implementar e pode prejudicar o acesso de adolescentes a conteúdos educativos ou ferramentas de interação social. Por outro lado, apoiadores destacam que o foco principal é reduzir os riscos associados ao uso inadequado das plataformas.

Nos próximos meses, será interessante acompanhar como as redes sociais planejam adaptar seus sistemas para atender às exigências australianas. A decisão também levanta a questão sobre como outros países irão reagir, em especial aqueles que já demonstram preocupações semelhantes sobre o tema.