Real digital: quais serão os EFEITOS da nova moeda brasileira na sua vida

A digitalização da moeda brasileira está em avançado processo de implantação. O que isso altera na sua vida?

Segundo especialistas. com o sucesso e a eficácia que o Pix trouxe para o sistema de transferências e pagamentos no Brasil, além da redução do anonimato em termos de transações bancárias, está acontecendo uma grande transformação.  O incentivo à competição e inclusão por meio de inovação e tecnologia devem ser os maiores benefícios que a nova moeda digital do Brasil podem trazer.

Com efeito, nos dias de hoje apenas três países estão com sua moeda digital em plena operação. São eles a China, as Bahamas e a Nigéria. A saber: Singapura, Suécia, Japão e Coreia do Sul estão na fila para entrar neste clube, com testes adiantados para implantação. No Brasil o Real digital começa ano que vem. Quais os impactos dele na sua vida?

Real digital: quais serão os EFEITOS da nova moeda brasileira na sua vida
Conheça melhor nossa nova moeda – Foto: Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatec.pro.br

Benefícios de uma moeda digital

No ano que vem, assim que o Banco Central liberar o Real digital para utilização, ela será considerada equivalente à moeda soberana física. Deve ser aceita como meio de pagamento da mesma forma que o curso legal, seja através de Pix, transferência ou cartões físicos.

Além disso, os cidadãos poderão armazenar valor na forma de Real digital. O documento divulgado pelo Banco Central também menciona que o Real digital será livremente conversível em dinheiro, considerado moeda legal fungível e reduzirá o custo de emissão de moeda.

Os benefícios já começam pela diminuição de riscos que a eliminação do dinheiro físico proporciona. Os bancos centrais mundo afora enfrentam o problema do menor uso de papel-moeda. Além disso, vários países estão restringindo a movimentação física de dinheiro, promovendo métodos de pagamento digital mais rápidos e convenientes.

Por último, mas não menos importante, o Banco Central busca atender à necessidade do público por moedas digitais, que atualmente é representada por moedas virtuais de gestão privada, mais conhecidas como criptomoedas. Proteger o cidadão de armadilhas é mais um benefício.

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Índia, Rússia e Japão estudam adotar moedas digitais

A rede financeira Swift, que conecta mais de 11.000 organizações bancárias em todo o mundo, testou uma solução para trocar diferentes moedas digitais entre si e com outros sistemas de pagamento. A Swift também está abrindo caminho para o uso de tokens digitais na rede de dinheiro tradicional.

Ao contrário de uma criptomoeda que é negociada peer-to-peer fora de um sistema estatal, uma moeda digital do banco central (CBDC) é apenas uma representação virtual de uma moeda fiduciária gerenciada pelo referido banco central. E muitos bancos centrais estão experimentando CBDCs. Globalmente, 9 em cada 10 bancos centrais estão explorando esse tópico de moedas digitais. Mas tecnologias diferentes criam corpo e os casos de uso geralmente permanecem centrados no país.

Para alcançar uma verdadeira implantação de CBDCs um dia, essas moedas digitais devem poder interagir umas com as outras, assim como com as moedas tradicionais. É aí que entra a Swift. A empresa belga oferece uma plataforma de mensagens e padrões para comunicar mensagens financeiras de forma confiável.

Em conclusão, a rede de pagamentos interbancários, usada para fazer transferências bancárias, conecta mais de 11.000 organizações bancárias e 4 bilhões de contas em 200 países e territórios. A saber: com esses experimentos, Swift afirma ter dado um passo essencial para a integração das CBDCs no ecossistema financeiro internacional.