Produtos brasileiros mais vendidos nos EUA
A partir de 1º de agosto de 2025, uma nova tarifa de 50% será aplicada aos produtos brasileiros que chegam aos Estados Unidos. A decisão, anunciada pelo presidente Donald Trump, atinge setores essenciais da nossa economia, como aço, petróleo, café e carne bovina. Esses produtos são os principais responsáveis pelas exportações do Brasil para os EUA.
Essa medida é uma resposta às tarifas e barreiras comerciais que já existem. O Brasil, por sua vez, também teria imposto tarifas aos americanos. Atualmente, os principais itens que exportamos para os EUA somam cerca de US$ 2,37 bilhões, com semimanufaturados de ferro e aço liderando, representando US$ 1,49 bilhão.
Impacto Causado
Além do aço, o café, que fatura US$ 1,16 bilhões, e as carnes bovinas desossadas e congeladas fazem parte dessa lista de produtos brasileiros que podem sofrer com a nova tarifa. A medida pode afetar sua competitividade no mercado americano e, como consequência, influenciar a balança comercial do país.
Trump justificou a tarifa alegando que o comércio com o Brasil gera um déficit insustentável para os EUA, o que, segundo ele, representa uma ameaça à segurança e à economia americana. É interessante notar que, há 16 anos, os Estados Unidos estão com um déficit comercial em relação ao Brasil.
Se os americanos sentirem necessidade de retaliar, podemos acabar numa “escada tarifária”, onde tarifas adicionais poderiam ser implementadas. Trump também sugeriu que o Brasil abra mais seus mercados para que empresas locais possam produzir diretamente nos EUA. Ele ainda citou o julgamento do ex-presidente Bolsonaro como um dos fatores que pesaram na sua decisão.
A aplicação dessa tarifa pode ter um impacto imediato no setor produtivo. Resultados podem incluir reajustes de preços e, consequentemente, uma perda de competitividade a nível global. Como as vendas para os EUA representam uma parte significativa das nossas exportações, não podemos ignorar a possibilidade de uma guerra comercial.
As relações entre Brasil e Estados Unidos são complexas e trazem desafios para nossos exportadores. A decisão de Trump oferece um espaço para reflexão e avaliação de estratégias que podem ajudar a mitigar os efeitos negativos dessa nova realidade. É um momento que certamente exigirá habilidade e planejamento para equilibrar a economia regional.