Primeiro paciente da Neuralink relata experiência com chip cerebral

Nascida da mente criativa do bilionário Elon Musk e de mais oito parceiros, a Neuralink trouxe uma proposta super ousada: desenvolver uma tecnologia capaz de permitir que as pessoas controlem dispositivos eletrônicos apenas com o pensamento. Parece ficção científica, não é? Mas já está se tornando realidade.

Em janeiro de 2024, essa ideia ganhou um passo importante quando Noland Arbaugh, um americano da cidade de Yuma, no Arizona, decidiu se voluntariar para testar a tecnologia. Noland é um exemplo de superação. Desde um acidente em 2016, ele vive com uma lesão na medula espinhal, que o deixou sem movimento nos braços e nas pernas. Mas, com a ajuda do dispositivo da Neuralink, sua vida mudou para melhor.

Em uma entrevista para a revista Fortune, Noland contou que sua rotina se transformou completamente. Agora, ele pode passar horas trabalhando, lendo e estudando usando dispositivos eletrônicos. O chip implantado em seu cérebro não só devolveu a ele a chance de interagir com o mundo digital, mas também renovou sua autonomia. O mais impressionante é que Noland se tornou um palestrante e retomou os estudos, mostrando que é possível resgatar o potencial mesmo após grandes desafios.

Fios soltos, mas chip ainda está em ação

No ano passado, surgiu um contratempo: Noland enfrentou uma falha no chip que afetou temporariamente a sua capacidade de usar os dispositivos. E o problema? A maioria dos fios do implante tinha se soltado do cérebro. Porém, a boa notícia é que não foi preciso realizar uma nova cirurgia.

A equipe da Neuralink resolveu a situação apenas com uma atualização de software, tornando o chip mais sensível aos sinais que ele emite. E mesmo com apenas 15% dos conectores funcionando, o sistema voltou a operar normalmente.

Novo chip da Neuralink ganha aval da FDA

Em meados de 2024, a Neuralink teve uma confirmação importante: a Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA), que regula questões de saúde nos Estados Unidos, autorizou a implantação de seu chip em um segundo paciente. Isso abre novas portas para a pesquisa e o desenvolvimento da tecnologia.

Até agora, não há informações se já foi escolhido um novo voluntário, mas as expectativas estão altas. As possibilidades que essa inovação traz são animadoras e podem fazer a diferença na vida de muitas pessoas.