Pré-sal atinge recorde de 3,3 milhões de barris diários em 2025
O Pré-Sal da Petrobras acaba de bater um recorde histórico e, com isso, abre uma nova fase para a produção de petróleo no Brasil. Em abril de 2025, a estatal anunciou que alcançou a incrível marca de 3,38 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed) durante o primeiro trimestre do ano. Esse número coloca o pré-sal como a principal fonte de produção do nosso país, mostrando que essa frente já é essencial para a matriz energética brasileira.
Um dos fatores que impulsionaram esses resultados impressionantes foi a entrada em operação do FPSO Almirante Tamandaré. Essa plataforma, que é a maior em atividade no Brasil, começou a operar no campo de Búzios, na Bacia de Santos, em fevereiro de 2025. Com esse novo equipamento, a Petrobras reforça sua estratégia de investir em ativos que oferecem alta produtividade, contribuindo para garantir suas reservas futuras e um desenvolvimento sustentável.
Os números que consolidam o sucesso do pré-sal
Os números alcançados pela Petrobras refletem a evolução e eficiência das operações no pré-sal. A produção de 3,38 MMboed representa um aumento de 5,4% no total produzido pela empresa, marcando um novo patamar para o setor. Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) confirmam essa dominância: a produção total do pré-sal chegou a 3,716 milhões de boe/d, o que equivale a quase 80% da produção total de petróleo e gás do Brasil. É um sinal claro de que o pré-sal não é mais apenas uma promessa, mas sim o coração pulsante da energia nacional.
A plataforma gigante que impulsionou o recorde
A entrada do FPSO Almirante Tamandaré foi realmente um marco. Iniciando suas atividades em 15 de fevereiro de 2025, essa unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência é a maior do tipo operando no litoral brasileiro. Ela possui a capacidade de processar até 225 mil barris de óleo e 12 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Sendo a sexta plataforma em operação em Búzios, uma das regiões mais produtivas do mundo, essa nova engrenagem é um símbolo do investimento em tecnologia de ponta e projetos que visam maximizar a extração de recursos.
Por que o Pré-Sal bate recorde histórico? A estratégia de garantir o futuro
Buscar recordes de produção não é um objetivo isolado; faz parte de uma estratégia bem definida da Petrobras para garantir a sustentabilidade a longo prazo. Segundo a presidente da companhia, Magda Chambriard, o foco é na “reposição de reservas de óleo e gás em novas fronteiras, no Brasil e no exterior”.
Com o tempo, mesmo os mais promissores campos do pré-sal vão começar a entrar em fase de declínio natural. Por isso, os investimentos em novas unidades de produção, como o Almirante Tamandaré, são a resposta da Petrobras para compensar essa queda futura. Isso não apenas diversifica o portfólio da empresa, mas também assegura um fluxo contínuo de produção para as próximas décadas.
A outra face do recorde, as críticas e os desafios ambientais
Apesar do sucesso operacional ser inegável, a expansão da produção de petróleo nem sempre é uma questão pacífica. O anúncio do recorde do pré-sal chega em um momento de intenso debate global sobre a crise climática e a importância de transitar para fontes de energia mais limpas.
Grupos ambientalistas têm levantado questões sobre a necessidade de a Petrobras direcionar mais investimentos para energias renováveis ao invés de continuar a focar em combustíveis fósseis. A empresa, por sua vez, defende que o petróleo continuará sendo um componente crucial da matriz energética por muitos anos e se compromete a usar sua expertise técnica para explorar de maneira mais responsável, incorporando tecnologias que diminuem as emissões de gases de efeito estufa.