Prazo final: trabalhadores têm poucos dias para sacar o PIS/Pasep 2025

O dinheiro que não for retirado dentro do prazo voltará para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

O calendário de pagamentos do PIS/Pasep 2025 está chegando ao fim, e o alerta é urgente para quem ainda não movimentou o dinheiro. Os trabalhadores que exerceram atividade remunerada com carteira assinada no ano-base e têm direito ao benefício precisam realizar o saque até o dia 29 de dezembro.

Após essa data, os valores que não forem retirados deixam de estar disponíveis nas contas bancárias e retornam para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Embora seja possível solicitar o valor posteriormente por meio de recurso administrativo, o processo é burocrático e o recebimento pode demorar meses, o que torna o saque imediato a melhor opção para quem precisa reforçar o orçamento de fim de ano.

O abono salarial é um direito garantido a profissionais da iniciativa privada (PIS) e servidores públicos (Pasep) que atendem a critérios específicos de renda e tempo de serviço. Em 2025, o valor máximo do benefício é equivalente ao salário mínimo atual, sendo pago de forma proporcional aos meses trabalhados no ano de referência.

Muitos brasileiros ainda não sabem que possuem esse saldo disponível, especialmente aqueles que mudaram de emprego ou que não costumam conferir o extrato de contas inativas. Com as festas de Natal e Réveillon, esse dinheiro extra pode ser o alívio necessário para quitar dívidas ou planejar as compras de janeiro.

Quem tem direito e como consultar o saldo

Para ter direito ao saque que se encerra agora em dezembro, o trabalhador deve cumprir os seguintes requisitos básicos estabelecidos pelo governo:

  • Estar cadastrado no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos.
  • Ter recebido remuneração mensal média de até dois salários mínimos durante o ano-base.
  • Ter exercido atividade remunerada por pelo menos 30 dias (consecutivos ou não) no ano de referência.
  • Ter seus dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) ou no eSocial.

A consulta para saber se você é um dos retardatários que ainda possuem dinheiro a receber pode ser feita de forma rápida pelo celular, através do aplicativo Carteira de Trabalho Digital. Na aba “Benefícios” e depois em “Abono Salarial”, o sistema informa o valor, a conta de destino e se o saque já foi realizado.

Outra opção é o portal Gov.br, que centraliza as informações de benefícios do trabalhador. É fundamental conferir antes de ir a uma agência, garantindo que seu nome esteja na lista de pagamentos deste ciclo.

Onde e como realizar o saque até o dia 29

O local do saque depende de qual setor o trabalhador faz parte. Para os funcionários de empresas privadas, o pagamento do PIS é de responsabilidade da Caixa Econômica Federal. O dinheiro é depositado preferencialmente em contas correntes ou poupança já existentes, ou em conta poupança social digital no app Caixa Tem.

Caso o valor não tenha caído automaticamente, o trabalhador pode realizar o saque com o Cartão Social em terminais de autoatendimento, casas lotéricas ou correspondentes Caixa Aqui.

Já os servidores públicos recebem o Pasep pelo Banco do Brasil. O saque pode ser feito diretamente nas agências ou via transferência (TED/Pix) para qualquer outra conta de mesma titularidade através do portal oficial do banco ou nos caixas eletrônicos.

É importante lembrar que o dia 29 de dezembro marca o fechamento do sistema para este exercício. Como bancos e lotéricas podem ter horários diferenciados de funcionamento no final do ano, a recomendação é resolver a pendência o quanto antes para evitar filas ou sistemas fora do ar no último dia.

O que acontece se eu perder o prazo?

Se o dia 29 passar e você não tiver sacado o PIS/Pasep, o montante é recolhido pelo Tesouro Nacional. Isso não significa que você perdeu o dinheiro para sempre, mas o acesso a ele fica muito mais difícil. O trabalhador precisará entrar com um pedido administrativo junto ao Ministério do Trabalho e Emprego.

Esse pedido geralmente só pode ser feito a partir do início do próximo calendário de pagamentos, e o governo tem um prazo legal para analisar e liberar o recurso. Ou seja, um dinheiro que poderia estar na sua mão agora para as despesas de janeiro pode acabar ficando retido por quase um ano.

Além disso, com a virada do ano, o foco das atenções se volta para o novo ano-base e as novas regras de reajuste. Portanto, garantir o saque dentro do cronograma regular é a maneira mais inteligente e menos cansativa de exercer esse direito trabalhista.