Polêmica: HORÁRIO DE VERÃO vai voltar ou não? Descubra!
Especialista em eficiência energética acredita que gera pouco resultado na redução do consumo de energia. Medida tem fãs e haters.
O Brasil vem dando corda em seus relógios duas vezes por ano desde 1931, mas apenas nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. O Norte e o Nordeste não mudam sempre. Isso durou até 2019, quando o horário de verão foi abolido pelo atual governo.
O novo governo que tomará posse em janeiro acena com a possibilidade de retomar o hábito do horário de verão. Esta possibilidade deflagrou uma polêmica entre ardorosos defensores e apaixonados haters da medida, que mexe com o relógio biológico de muita gente. Confir os reflexos dessa discussão na sociedade na matéria abaixo.
Um país continente, quatro fusos horários
Dado o seu tamanho como um país continente, o Brasil abrange quatro fusos horários, que foram estabelecidos em 1913. A grande maioria do território está no fuso horário GMT-3 (ou seja, 3 horas a menos em comparação com o meridiano de Greenwich), é o caso de Brasília, São Paulo ou Rio de Janeiro e, em particular, horário GMT-4, Manaus ou Cuiabá.
No extremo leste, as ilhas oceânicas do Atol das Rocas, Fernando de Noronha, São Pedro e São Paulo e Trindade e Martim Vaz fazem parte da zona GMT-2. Enquanto a oeste, vários municípios, bem como o estado do Acre, estavam no GMT-5 até 2008, antes de uma lei abolir o fuso horário. A medida foi tão impopular que o fuso voltou a vigorar em 30 de outubro de 2013.
O Brasil, de fato, optou por aplicar o horário de verão e o horário de inverno desde 1931 para otimizar a economia de energia. Em questão, a reviravolta dos hábitos brasileiros no verão. Hoje em dia, o pico de consumo de energia elétrica já não é mais no início da noite, entre as 17h e as 20h, na hora do banho, mas à tarde, entre as 14h e as 15h, quando o calor do verão começa a se instalar e tantos aparelhos de ar condicionado estão ligados. Assim, a temperatura suplantou a luminosidade no uso da energia.
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Muita gente odeia o Horário de Verão. Mas há quem goste.
No entanto, o governo brasileiro decidiu acabar com a tradição do horário de verão em 2018, principalmente por uma questão de gosto pessoal. Muita gente detestava ter de sair de casa para trabalhar antes do amanhecer. Ao mesmo tempo, o hábito social também fez os adoradores do horário de verão se irritarem.
Quando acabaram com o horário de verão, gerou-se medo de problemas para o setor elétrico. Não aconteceu. Também havia o argumento a favor do horário de verão pelos ganhos inegáveis para o setor de turismo e para a população, que aproveitava mais a luz e o sol.
É algo que entrou na cultura dos países; na maioria dos países desenvolvidos, há uma mudança para o horário de verão ou inverno, ou mesmo ambos, e nenhum deles faz mais isso para economizar energia. Apenas por questões culturais. O especialista Ricardo David, diretor da Elev, declarou ao portal Terra que a economia de energia feita é muito pequena durante o horário de verão.
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