Pescadores registram tubarão de coloração rara em avistamento

Um fenômeno raro e fascinante surpreendeu cientistas e pescadores no Caribe: um tubarão-lixa com coloração alaranjada. Essa descoberta aconteceu em agosto, durante uma pescaria esportiva nas águas do Parque Nacional Tortuguero, na Costa Rica. Os pescadores, ao capturar o tubarão a 37 metros de profundidade, logo perceberam que se tratava de algo extraordinário.

Esse tubarão-lixa é o primeiro registro de xantocromismo, uma condição genética que resulta em pigmentação amarelada. O interessante é que essa mutação foi observada pela primeira vez em tubarões-lixa e em qualquer peixe cartilaginoso na região.

Uma descoberta que gera discussão

Após ser capturado, o tubarão-lixa, que mediu cerca de dois metros, foi devolvido ao mar. Mas a cor inusitada e os olhos brancos do animal, que sugerem albinismo, acenderam debates entre cientistas. O tubarão-lixa normalmente é marrom, uma coloração que o ajuda a se camuflar entre corais e rochas. Mas, no caso do tubarão alaranjado, a cor brilhante pode significar que ele está mais exposto a predadores.

O fato de ele ter alcançado a fase adulta desafia suposições anteriores sobre como animais com essa condição genética conseguem sobreviver. Além disso, os cientistas refletem sobre como fatores ambientais, como estresse, altas temperaturas e desequilíbrios hormonais na região do Caribe, podem ter contribuído para essa mudança de cor.

Novos horizontes na pesquisa genética

A aparição desse tubarão-lixa alaranjado abre novas portas para a pesquisa em genética marinha. Embora o xantocromismo tenha sido registrado em outras espécies, a ocorrência em tubarões é uma novidade. Isso levanta a necessidade urgente de mais investigações para entender melhor a variabilidade genética e os impactos evolutivos em espécies marinhas.

Os pesquisadores estão curiosos para descobrir se esse tubarão alaranjado é um caso isolado ou se representa uma tendência genética que pode surgir em outros indivíduos.