Perdeu o MEI? Descubra como regularizar a situação e seguir com seu negócio de forma segura
Mudanças no MEI obrigam empreendedores a buscar novas alternativas
O Microempreendedor Individual (MEI) oferece benefícios para pequenos negócios, mas exige o cumprimento de obrigações fiscais. O não pagamento dos tributos ou a falta de declaração anual pode levar à suspensão do CNPJ, dificultando a continuidade das atividades.
Além disso, a lista de ocupações permitidas no MEI passa por atualizações periódicas. Com as mudanças previstas para 2025, alguns empreendedores precisarão buscar alternativas para continuar atuando dentro da legalidade.
Regularizar a situação exige atenção aos prazos e às exigências do governo. Seja quitando débitos, migrando para Microempresa ou entregando declarações atrasadas, existem formas de evitar o cancelamento definitivo do CNPJ e manter o negócio funcionando sem riscos.
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Empreendedores podem migrar para Microempresa e expandir o negócio
Quando uma atividade deixa de ser permitida no MEI, o empreendedor não precisa recorrer à informalidade.
A alternativa mais viável é a migração para o regime de Microempresa (ME), que oferece um faturamento maior e mais possibilidades de crescimento, embora tenha algumas exigências adicionais.
A principal diferença entre MEI e ME está na obrigatoriedade de um contador para gerenciar as obrigações fiscais. Além disso, os impostos são calculados de forma proporcional ao faturamento, podendo ser mais altos do que no MEI.
Enquanto o MEI permite um faturamento anual de até R$ 81 mil, na Microempresa esse limite sobe para R$ 360 mil.
Para realizar a migração, o primeiro passo é registrar a empresa na Junta Comercial do estado. Em seguida, é necessário escolher o regime tributário adequado, sendo o Simples Nacional o mais indicado para pequenos negócios.
Esse sistema facilita o pagamento dos tributos em uma única guia, reduzindo a complexidade da contabilidade.
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Regularização de débitos pode evitar o cancelamento definitivo do CNPJ
Os MEIs que estão inadimplentes por longos períodos podem ter o CNPJ suspenso e, caso a situação não seja resolvida, o cancelamento definitivo acontece. Antes disso, o governo concede um prazo de 30 dias para que o empreendedor regularize sua situação.
Para evitar o cancelamento, o MEI deve seguir algumas etapas:
- Consultar a situação cadastral: A verificação pode ser feita no Portal do Empreendedor (gov.br/empresas-e-negocios/pt-br/empreendedor) ou no site da Receita Federal (gov.br/receitafederal), utilizando o CPF ou CNPJ.
- Quitar ou parcelar os débitos: O pagamento das guias DAS atrasadas é essencial para a regularização. Caso o valor seja alto, o governo permite o parcelamento da dívida.
- Entregar as declarações anuais pendentes: A DASN-SIMEI é obrigatória e deve ser enviada anualmente. Se houver declarações em atraso, o MEI precisa regularizá-las, pagando as multas aplicáveis.
Se todas as pendências forem resolvidas dentro do prazo, o CNPJ será reativado normalmente, e o empreendedor poderá continuar operando sem restrições.
Cancelamento do MEI pode gerar consequências financeiras
Quando o CNPJ de um MEI é cancelado, todas as dívidas existentes são transferidas automaticamente para o CPF vinculado ao empresário. Isso significa que mesmo após o cancelamento, o empreendedor continua responsável pelo pagamento dos tributos não quitados.
Além disso, o cancelamento impede que o empreendedor volte a utilizar o mesmo CNPJ. Caso deseje se formalizar novamente, será necessário abrir um novo registro empresarial, obtendo um número diferente. Isso pode afetar contratos firmados anteriormente, exigindo ajustes burocráticos e contábeis.
Outra consequência do cancelamento é a perda dos benefícios previdenciários. O MEI tem direito à aposentadoria, auxílio-doença e salário-maternidade, desde que as contribuições estejam em dia. Com o CNPJ cancelado, o tempo de contribuição pode ser interrompido, impactando o acesso a esses benefícios.
Atenção aos prazos evita problemas e garante a continuidade do negócio
Para evitar problemas futuros, os MEIs devem manter suas obrigações em dia. Isso inclui o pagamento mensal do DAS, a entrega da declaração anual e a atualização cadastral quando necessário.
Aqueles que desejam permanecer no regime MEI devem verificar se sua atividade ainda está na lista permitida e, caso contrário, iniciar o processo de migração para Microempresa. Quem possui débitos precisa regularizá-los dentro dos prazos estabelecidos para evitar o cancelamento do CNPJ.
Com planejamento e organização, é possível continuar empreendendo de forma legal e segura. Manter a formalização ativa garante não apenas a continuidade do negócio, mas também acesso a benefícios previdenciários e a oportunidades de crescimento no mercado.