Pensionistas do INSS podem PERDER benefício ao trabalhar com carteira assinada? Descubra agora
O INSS estabelece critérios que devem ser respeitados por pensionistas que exercem atividade formal para garantir a continuidade do benefício
Trabalhar com carteira assinada enquanto recebe a pensão por morte é uma realidade para muitos brasileiros.
No entanto, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) impõe regras específicas que precisam ser seguidas para evitar a suspensão do benefício. Por isso, é essencial compreender as normas vigentes e saber em quais situações o direito à pensão pode ser mantido ou perdido.
Além disso, manter-se atualizado sobre as constantes alterações na legislação e buscar orientação especializada são atitudes fundamentais para garantir a regularidade dos benefícios.
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Pensão por morte garante apoio financeiro aos dependentes
A pensão por morte é um benefício previdenciário concedido aos dependentes do segurado do INSS que falece, seja por causas naturais ou acidentais.
Regulamentado pela Lei nº 8.213/91, o benefício visa substituir a renda do falecido, garantindo suporte financeiro aos familiares que dependiam economicamente dele.
Para solicitar o benefício, é necessário cumprir três requisitos principais: apresentar a certidão de óbito do segurado, comprovar o vínculo de dependência econômica e demonstrar que o falecido possuía qualidade de segurado na data do falecimento.
Essa qualidade pode ser comprovada pelo histórico de contribuições ou pelo chamado período de graça, que varia de 12 a 36 meses.
Os dependentes são divididos em categorias prioritárias.
Em primeiro lugar, estão o cônjuge ou companheiro(a) e os filhos menores de 21 anos ou com deficiência. Em seguida, vêm os pais e, por último, os irmãos não emancipados menores de 21 anos ou com deficiência.
A comprovação da dependência econômica é obrigatória em todos os casos, exceto para o cônjuge e os filhos menores, cuja dependência é presumida.
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Pensionistas podem trabalhar com carteira assinada sem perder o benefício
A legislação previdenciária brasileira permite que pensionistas do INSS trabalhem com carteira assinada sem que isso resulte na suspensão ou perda da pensão por morte. O beneficiário pode acumular a renda do trabalho formal com o valor da pensão, desde que atenda às condições estabelecidas pela lei.
Para os cônjuges, não há restrições em relação ao tipo de atividade exercida ou à renda obtida. A dependência econômica do cônjuge é presumida, o que garante o direito à pensão mesmo que ele tenha outras fontes de renda.
No caso dos filhos, a legislação permite o trabalho apenas como jovens aprendizes, desde que tenham entre 14 e 21 anos, para que o vínculo empregatício não interfira na continuidade do benefício.
Essa possibilidade oferece maior autonomia financeira ao pensionista, permitindo que ele complemente a renda da pensão sem abrir mão do suporte oferecido pela Previdência Social. No entanto, é essencial estar atento às situações que podem levar à suspensão ou ao cancelamento do benefício.
Situações em que o pensionista pode perder a pensão
Embora o trabalho formal não impeça o recebimento da pensão por morte, existem circunstâncias específicas em que o benefício pode ser suspenso ou cancelado. Entre as principais situações estão:
- Filhos que atingem a maioridade: Os filhos perdem o direito à pensão ao completarem 21 anos, salvo se tiverem deficiência ou invalidez comprovada.
- Casamento ou união estável do cônjuge: O re-casamento ou o início de uma nova união estável não impede o recebimento da pensão, mas o benefício pode ser suspenso se ficar comprovado que o novo relacionamento elimina a necessidade do apoio financeiro.
- Independência financeira dos pais: Os pais só têm direito à pensão se comprovarem dependência econômica do segurado falecido. Caso passem a receber renda própria, o benefício pode ser cancelado.
- Acúmulo de benefícios: Não é permitido acumular a pensão por morte com outros benefícios previdenciários, como aposentadoria. O pensionista deve optar pelo benefício mais vantajoso.
Trabalho formal não altera o valor da pensão
O valor da pensão por morte não é afetado pela renda obtida pelo pensionista no mercado de trabalho. O cálculo do benefício é baseado no salário de contribuição do segurado falecido e segue as regras estabelecidas pela Reforma da Previdência de 2019.
Atualmente, a pensão é calculada com uma cota familiar de 50% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou teria direito, acrescida de 10% para cada dependente, até o limite de 100%.
O cônjuge tem direito ao benefício de forma vitalícia se tiver mais de 45 anos na data do falecimento. Caso contrário, o pagamento é temporário, com duração variável conforme a idade do beneficiário.
Contribuições ao INSS garantem outros benefícios ao pensionista
O pensionista que trabalha com carteira assinada deve contribuir para o INSS como qualquer outro trabalhador. Essas contribuições não influenciam o valor da pensão, mas são consideradas para a concessão de outros benefícios previdenciários, como aposentadoria e auxílio-doença.
Quando o pensionista atinge os requisitos para se aposentar, ele deve optar entre a pensão e a aposentadoria, já que a legislação não permite o acúmulo desses dois benefícios. Em geral, o segurado escolhe o benefício de maior valor, garantindo assim a melhor condição financeira.
Pensão e carteira assinada não se excluem
Os pensionistas do INSS podem trabalhar com carteira assinada sem perder o benefício, desde que respeitem as regras estabelecidas pela Previdência Social. O cônjuge tem liberdade para exercer qualquer atividade remunerada, enquanto os filhos podem trabalhar apenas como jovens aprendizes.
É importante ficar atento às situações que podem resultar na suspensão da pensão, como a maioridade dos filhos, a independência financeira dos pais ou o acúmulo com outros benefícios. Dessa forma, é possível garantir a continuidade do suporte financeiro sem abrir mão da renda obtida no mercado de trabalho.