Paulo Coelho fala sobre ausência de saudade de Raul Seixas

Paulo Coelho e Raul Seixas: Uma Parceria Marcante no Rock Brasileiro

Na década de 1970, os artistas Paulo Coelho e Raul Seixas viveram uma intensa colaboração que resultou em algumas das músicas mais icônicas do rock brasileiro. Durante esse período, eles criaram clássicos como "Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás", "Medo da Chuva", "Sociedade Alternativa", "Tente Outra Vez" e "Gîtâ". As composições dos dois ajudaram a moldar a cena musical da época, tornando-se referências até hoje.

Porém, nos anos 1980, a relação entre eles começou a mudar. Paulo Coelho se afastou da doutrina de Thelema, associada ao ocultista inglês Aleister Crowley. Enquanto isso, Raul Seixas procurou novos colaboradores, entre eles Marcelo Ramos Motta, Cláudio Roberto e Marcelo Nova, modificando seus projetos musicais.

Em uma recente entrevista, Paulo Coelho falou sobre sua experiência ao lado de Raul, mas sem demonstrar nostálgicas lembranças. Atualmente vivendo na Suíça, o autor não sente saudade daquela época, uma vez que não é um sentimento que aprecia carregar. Ele explicou que viveu intensamente esse período e não tem arrependimentos. Coelho usou uma analogia, mencionando que, após fazer o Caminho de Santiago em 1986, nunca sentiu falta daquele momento, mesmo tendo retornado ao local várias vezes mais.

A partir da parceria com Raul Seixas, Paulo Coelho se dedicou à literatura e se tornou um dos escritores mais renomados do Brasil. Suas obras já venderam mais de 350 milhões de cópias e foram traduzidas para 89 idiomas, consolidando sua carreira internacional.

Recentemente, a história da colaboração entre Raul e Paulo foi recontada na série "Raul Seixas: Eu Sou", disponível na plataforma Globoplay. A série, estrelada por Ravel Andrade, possui oito episódios e explora as décadas de 1970 e 1980, os anos mais prolíficos da carreira do icônico músico brasileiro.

Paulo Coelho, que se destaca tanto na música quanto na literatura, continua a ser uma figura importante na cultura brasileira, enquanto a música de Raul Seixas permanece viva e relevante.