Uma recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) trouxe uma chance bacana para quem recebe auxílio-doença do INSS. Agora, é possível converter esse auxílio em um auxílio-acidente permanente, o que significa uma renda mensal garantida até a aposentadoria e até mesmo valores retroativos que podem ser bastante significativos.
Essa mudança se aplica a segurados que, após um acidente, têm sequelas que influenciam na sua capacidade de trabalho. Mas você sabe como funciona essa transição?
O que muda com a nova decisão do STJ?
A decisão do STJ não exige que o acidente tenha ocorrido no trabalho, ou seja, qualquer pessoa que já tenha recebido auxílio-doença e que tenha sequelas pode pedir o auxílio-acidente. As sequelas não precisam ser muito severas, mas devem afetar de alguma forma a capacidade de trabalho. O legal é que esse benefício vai durar até você se aposentar.
E tem mais: os valores que podem ser pagos retroativamente chegam a até cinco anos, de acordo com a Lei nº 8.213/1991, que estabelece o prazo para solicitação de benefícios previdenciários. Para muitos, isso pode resultar em atrasados que chegam a R$ 100 mil, dependendo da situação e das contribuições feitas.
Quem tem direito ao auxílio-acidente?
O auxílio-acidente é voltado para empregados com registro, trabalhadores rurais, empregados domésticos e trabalhadores avulsos. Infelizmente, autônomos, microempreendedores individuais (MEIs) e segurados facultativos estão de fora dessa. A chave para ter acesso ao benefício é ser um segurado do INSS e ter sequelas que reduzam permanentemente a capacidade de trabalho.
O valor do auxílio-acidente é calculado em cima de 50% do salário de benefício do segurado, que é baseado na média das contribuições feitas ao INSS.
Como solicitar o auxílio-acidente?
Para solicitar o auxílio-acidente, você vai precisar reunir alguns documentos médicos que comprovem suas sequelas permanentes. Ou seja, laudos, relatórios e exames devem ser apresentados ao INSS. É normal que o INSS peça uma perícia médica para confirmar tudo.
Caso a solicitação seja negada, não desanime! É possível recorrer na justiça. Recentemente, as decisões têm mostrado que não é mais necessário comprovar um vínculo direto entre o acidente e o trabalho, contanto que o segurado esteja vinculado ao INSS no momento do acidente.
Expectativas com as novas medidas
Com a evolução das decisões judiciais, muitos segurados têm esperança de conseguir acessar seus direitos. A ideia é que essa decisão do STJ ajude a aliviar os impactos permanentes de acidentes, promovendo mais estabilidade financeira até a aposentadoria.
Essas mudanças oferecem uma nova forma de compensação financeira para trabalhadores que passaram por acidentes. Com o tempo, espera-se que as questões judiciais se ajustem ainda mais para garantir um acesso justo e eficiente a esses direitos.