O sonho ACABOU? Decisão do STF pode ter prejudicado reajuste na aposentadoria; entenda
Recentemente, o STF acabou vetando a possibilidade de liberar uma regra que poderia reajustar a aposentadoria para um salário maior.
Em 2024, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu barrar a aplicação da chamada “revisão da vida toda” para aposentados do INSS, uma medida que vinha sendo discutida há anos.
Essa revisão permitia que aposentados recalculassem o valor de seus benefícios com base em toda a sua vida contributiva, em vez de considerar apenas o período após 1999.
A decisão afeta diretamente milhares de aposentados que esperavam um aumento no valor mensal de suas aposentadorias.
Como funcionaria a nova regra de reajuste da aposentadoria?
A revisão da vida toda era uma possibilidade oferecida aos aposentados de recalcular o valor de seus benefícios com base em todas as contribuições feitas ao longo da vida, incluindo os períodos anteriores a 1999.
O objetivo dessa regra era permitir que os aposentados escolhessem a forma de cálculo mais vantajosa. Para isso, levariam em conta toda a sua história contributiva, e não apenas as contribuições feitas após a reforma previdenciária daquele ano.
Essa medida era benéfica para aqueles que haviam contribuído mais antes de 1999. Isso desde que tivessem se aposentado sob as novas regras que desconsideravam essas contribuições antigas.
Os principais benefícios da revisão da vida toda incluíam a possibilidade de um aumento no valor da aposentadoria para quem tinha um histórico de contribuição maior nos primeiros anos de trabalho.
No entanto, o cálculo também apresentava algumas desvantagens. Contudo, nem todos os aposentados poderiam se beneficiar e muitos veriam pouca ou nenhuma diferença em seus valores mensais.
Com a decisão do STF, a possibilidade de os aposentados optarem por essa regra mais favorável acabou. A regra anterior, que desconsiderava as contribuições anteriores a 1999, permanece em vigor, impactando especialmente aqueles que esperavam aumentar seu benefício.
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STF decidiu barrar a decisão?
Em março de 2024, o STF decidiu vetar a aplicação da revisão da vida toda, finalizando o julgamento com 7 votos a 4 contra a medida.
Essa decisão se baseou na análise da constitucionalidade das regras previdenciárias e reverteu uma decisão anterior que havia favorecido os aposentados.
Os ministros que votaram a favor de barrar a revisão foram Nunes Marques, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso.
Eles entenderam que a regra de transição de 1999 deveria se manter. Ou seja, que não haveria base legal para que os aposentados escolhessem a regra mais vantajosa para o cálculo de seus benefícios.
Por outro lado, o ministro Alexandre de Moraes divergiu dessa decisão, mantendo seu posicionamento a favor da revisão da vida toda, alegando que permitir o recálculo com base em toda a vida contributiva seria uma forma mais justa de contemplar os direitos dos aposentados.
Moraes foi acompanhado por outros três ministros que também votaram a favor da revisão, mas a maioria prevaleceu pela rejeição da medida.
Com essa decisão, o STF encerrou a possibilidade de recalcular as aposentadorias pela regra mais favorável, trazendo impactos diretos para os beneficiários.
A previsão é que o julgamento seja concluído no dia 27 de setembro de 2024, solidificando a posição do tribunal sobre o assunto.
Isso também gera um ajuste importante na segurança jurídica do INSS. Agora, ele pode prever melhor os valores dos benefícios pagos, mas deixa muitos aposentados frustrados com a impossibilidade de um aumento no valor de suas aposentadorias.
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