Novo tratamento aumenta chances de sobrevivência ao câncer
Embora alguns casos sejam mais leves, o câncer de bexiga pode se tornar um desafio sério. A boa notícia é que, após uma nova descoberta, está surgindo uma maneira de reduzir os riscos associados à doença.
Neste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo tratamento focado no tumor músculo-invasivo, que corresponde a cerca de 25% dos casos diagnosticados no Brasil. Esse tratamento pode diminuir o risco de morte em até 25%. Podemos destacar que esse tipo de câncer se forma na parede da bexiga e, infelizmente, é conhecido por ser bastante agressivo, com uma taxa de disseminação para outros órgãos que atinge pelo menos 50% dos pacientes.
Apesar de muitos pacientes receberem tratamentos como quimioterapia neoadjuvante e cistectomia radical (que é a remoção da bexiga), uma parte significativa ainda enfrenta a recidiva do câncer. É aí que essa nova abordagem pode fazer a diferença.
O tratamento consiste na combinação do medicamento durvalumabe, um imunoterápico, com a quimioterapia neoadjuvante antes da cistectomia. Após essa fase, o paciente continua com doses de durvalumabe que ajudam a garantir melhores resultados a longo prazo.
Novo tratamento de câncer já está em ação?
O durvalumabe recebeu a luz verde da Anvisa em março, após um estudo que mostrou resultados muito positivos em sua eficácia. Agora, essa abordagem já está começando a ser aplicada, trazendo esperanças para muitos pacientes com a doença metastática que não podem passar pela quimioterapia tradicional.
Entretanto, é essencial lembrar que a avaliação médica é crucial para determinar se o uso do durvalumabe é a melhor opção. Esse tratamento é recomendado principalmente para casos de tumor músculo-invasivo. Além disso, sua eficácia foi verificada de maneira mais significativa nos estágios iniciais do câncer, onde as chances de cura são maiores. Por isso, em casos mais avançados, a indicação pode ser diferente.