Nova POLÊMICA: indústria se junta ao varejo contra a isenção de IMPOSTOS na venda de produtos da Shein, Shopee e AliExpress

Agora, a indústria e o varejo se reuníram e se mostraram contra a isenção de impostos determinada pelo governo federal para os consumidores que comprarem até 50 dólares.

Autor Joalline Nascimento Publicado em 24/07/2023 15:46

Os varejistas acabaram de ganhar um aliado contra a isenção de impostos na venda dos produtos das grandes companhias eletrônicas, como Shein, Shopee e AliExpress. Isso ocorreu porque a Confederação Nacional da Indústria (CNI) levantou uma estimativa de que a isenção para as compras de até US$ 50 resultaram em prejuízo para a economia do Brasil.

De acordo com os dados levantados pela CNI, entre os anos de 2013 e 2022 as importanções de menor valor foram de US$ 800 milhões para US$ 13,1 bilhões. Este valor é o equivalente a 4,4% do total dos bens que foram importados no ano passado.

Nova POLÊMICA: indústria se junta ao varejo contra a isenção de IMPOSTOS na venda de produtos da Shein, Shopee e AliExpress — Entenda os detalhes em torno desta nova polêmica Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatec.pro.br

Polêmica tomou conta da internet contra a isenção de impostos; saiba

De acordo com as informações do presidente da CNI, Robson Andrade, este alto volume de produtos importados e que são de baixo valor tem trazido prejuízos tanto para a indústria quanto para o comércio. Desta forma, a venda dos produtos nacionais acaba caindo. Estima-se que sejam perdidos 500 mil empregos, o que representa um total de R$ 20 bilhões até o fim do ano.

Outro órgão que decidiu se posicionar foi a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). A Federação se mostrou contra a isenção das importações de menor valor. De acordo com o órgão, o Brasil deixou de arrecadr em torno de R$ 21 bilhões, pelo menos, nos últimos três meses por causa da isenção do imposto.

Além disso, a Fiemg também estima que o Brasil deixou de criar mais de 466 mil postos de trabalhos no ano passado. Desta forma, não foram gerados R$ 20,7 bilhões em massa salarial, Consequentemente, também não foram arrecadados R$ 6,4 bilhões em impostos.

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Governo determinou que as compras de até US$ 50 ficariam isentas

No fim do mês de junho, o governo federal determinou que todas as compras feitas no valor de até US$ 50 teriam a alíquota dos impostos referentes à importação zerada. Esta medida seria válida especialmente para as empresas que entrarem no plano de conformidade do governo, ficando em dia com todas as obrigações tributárias.

Entretanto, uma parte da equipe de economia está querendo voltar atrás nesta decisão. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Carnevalli Durigan, informou que a maior preocupação está em torno da manter os empregos no país, também considerando o aumento das compras que vêm do exterior.

Em estudo foi entregue ao Ministério da Fazenda. Nele, o Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) calcula que as importações de pequeno valor, que são aquelas menores do que US$ 50, somaram, entre os meses de janeiro a maio deste ano, um total de R$ 20,8 bilhões.

O Instituto ainda aponta que o total dessas remessas é o equivalente a 4% do total de importações realizadas legalmente no Brasil durante todo o ano de 2022. Com esta isenção, a tendência é que as importações sigam aumentando, o que, de acordo com a entidade, pode ameaçar 10% dos empregos formais do varejo.

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